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Nave encontra sinais de água no asteroide Vesta

Presença de hidrogênio e de buracos na superfície do asteroide mostra que ele pode ter sido atingido por meteoritos que carregavam a substância

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h27 - Publicado em 21 set 2012, 11h17

Uma nova análise dos dados obtidos pela nave Dawn sugere que o asteroide Vesta é rico em hidrogênio – e pode também conter água. Vesta é o segundo maior asteroide do Sistema Solar, só atrás do planeta-anão Ceres. Ao contrário da maioria dos outros asteroides, ele não é um fragmento de um corpo maior, mas um protoplaneta formado na origem do Sistema Solar. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira na revista Science.

Ficha técnica

VESTA

Nome: 4 Vesta

Descoberto em: 29 de março de 1807

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Circunferência: 525 quilômetros

Localização: Entre Marte e Júpiter

Dados: Vesta foi o quarto asteroide descoberto, por isso o número ‘4’ em seu nome. É um dos maiores asteroides do Sistema Solar e compreende 9% da massa do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. É também o asteroide mais brilhante visto da Terra.

Partindo de análises da composição geológica do Vesta, os cientistas não esperavam encontrar hidrogênio em sua superfície. No entanto, medições feitas pelos equipamentos da Dawn mostraram um acúmulo da substância em algumas das regiões mais antigas do asteroide. Em terrenos mais novos, como crateras recém-formadas, o hidrogênio era raro. A partir disso, os pesquisadores concluíram que a substância foi se acumulando ao longo do tempo, trazida por corpos menores que atingiram o asteroide.

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Em um segundo estudo publicado na mesma edição da Science, outro grupo de pesquisadores descobriu pequenos buracos irregulares na superfície do asteroide, próximos a crateras. Segundo os pesquisadores, esses buracos poderiam ser explicados pela liberação de materiais voláteis pelas rochas da região.

Juntando as pesquisas, a conclusão dos cientistas foi que o asteroide deve ter sido atingido por pequenos meteoritos ricos em água (de 3% a 22% de sua composição). Essa água ficaria ligada às rochas do asteroide na forma de hidrogênio por tempo indefinido, até a região ser atingida por meteoritos maiores, que formaram as grandes crateras. O calor do impacto converteria o hidrogênio ligado aos minerais em água líquida, que evaporaria rapidamente, formando os pequenos buracos encontrados pela Dawn.

“Os buracos parecem com alguns encontrados em Marte. Mas, enquanto a água foi comum no passado do planeta, ela é totalmente inesperada no Vesta”, disse Brett Denevi , pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins e autor do segundo estudo. “Esse resultado mostra evidências de que minerais hidratados tiveram um papel importante na composição do asteroide e na formação do relevo que vemos hoje.”

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