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Missão Juno: sonda está prestes a completar odisseia de 5 anos

Uma semana antes da grande chegada da sonda Juno em Júpiter, o observatório ESO divulgou imagens estonteantes do planeta, capturadas pelo VLT

Por Marina Rappa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jun 2016, 16h01 - Publicado em 27 jun 2016, 15h28

Uma semana antes da grande chegada da sonda Juno a Júpiter, o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou imagens estonteantes do planeta capturadas pelo Very Large Telescope (VLT). O registro faz parte de um projeto para criar mapas de alta resolução do planeta gigante. As imagens infravermelhas devem auxiliar a missão Juno a desvendar os mistérios do maior planeta do Sistema Solar.

Juno – Após uma odisseia de cinco anos explorando os confins do espaço, a sonda Juno, da Nasa, finalmente chegará ao seu destino, o planeta Júpiter, na próxima segunda-feira, 4 de julho. O objetivo da missão é descobrir como se formou este enorme planeta gasoso e qual é a “receita de fabricação” desses corpos celestes. A missão não é tripulada – mas viajou sob os “olhares cuidadosos” de bonecos de Lego de Galileu Galilei, do deus romano Júpiter e de sua mulher, Juno (que dá nome à sonda). Conforme se aproxima do destino, mais ansiosos ficam os cientistas na Terra. Na semana passada, a sonda estava a “apenas” 13,8 milhões de quilômetros de distância do planeta maciço.

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De acordo com Daniel Mello, astrônomo do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a missão é crucial para a astronomia e astrobiologia, já que estudará a quantidade de água na atmosfera de Júpiter e ainda a composição química do planeta. “Entretanto, a meu ver, a grande contribuição de Juno será o estudo da estrutura e dinâmica do interior de Júpiter, já que o conhecimento que temos do núcleo do planeta é apenas derivado de modelos físicos e matemáticos e medidas indiretas”, afirma o especialista. Além disso, a sonda vai passar pelos polos do planeta, o que permitirá o estudo mais detalhado de seu campo magnético, segundo Mello.

Após percorrer 2,8 bilhões de quilômetros, Juno sobrevoará Júpiter 37 vezes durante um ano terrestre, 5.000 quilômetros acima das nuvens do planeta. A sonda usará uma série de instrumentos, fornecidos por Itália, França e Bélgica, como parte de uma parceria com a Agência Espacial Europeia, para estudar o funcionamento do planeta e analisar sua composição. A nave orbitará os polos do gigantesco planeta, que, acredita-se, foi o primeiro a se formar, com massa duas vezes maior que a de todos os outros planetas do Sistema Solar juntos.

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Impulsionada por energia solar e avaliada em 1,1 bilhão de dólares, a sonda fará parte de duas experiências significativas para avaliar a quantidade de água que o planeta contém e determinar se “possui um núcleo de elementos pesados em seu centro, ou se é composto apenas de gás”, explicou Scott Bolton, principal cientista do programa Juno e membro do Southwest Research Institute em San Antonio (Texas).

Juno foi a segunda missão escolhida pela Nasa para o programa New Frontiers, que tem finalidade de explorar o Sistema Solar, utilizando sondas espaciais de médio porte.

Outras missões – Júpiter começou a ser explorado nos anos 1970 pelas sondas Pioners e Voyagers – mas elas não orbitaram o planeta, apenas se aproximaram dele. Foi assim também com as sondas Ulysses, Cassini e, a mais recente delas, New Horizons, que passou próximo ao planeta em 2007. “A primeira a orbitar o planeta foi a sonda Galileo, que chegou lá em 1995. A Galileo tinha objetivos mais gerais, como estudo da atmosfera e magnetosfera de Júpiter, seus anéis e suas luas, principalmente as quatro maiores. Juno tem objetivos bem mais precisos e contará com tecnologia bem mais avançada”, afirmou Mello.

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