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Missão a Saturno: saiba como serão os últimos dias da Cassini

A missão de 13 anos, que levou a importantes descobertas sobre o gigante gasoso, seus anéis e suas luas, chegará ao fim em 15 de setembro

Por Da redação
1 set 2017, 17h20

A nave Cassini, da Nasa, encerrará no dia 15 de setembro sua missão de 13 anos para Saturno. Em seu ‘grand finale’, a sonda vai transmitir dados sobre o planeta e sua atmosfera até o último momento, antes de mergulhar no gigante gasoso e perder completamente o sinal, precisamente às 8h54 do horário de Brasília. Confira quais serão os últimos passos da sonda.

Última semana

Em 9 de setembro, sábado que marca a semana final da missão, Cassini vai completar a última de suas 22 voltas em torno de Saturno e seus anéis. A sonda ficará a apenas 1.680 quilômetros de distância das nuvens do planeta no ponto mais próximo de sua trajetória.

No dia 11, a nave vai realizar um último voo distante por Titã, a maior lua de Saturno. Mesmo a 119.049 quilômetros de distância, a influência gravitacional do satélite provocará uma ligeira desaceleração de Cassini à medida em que ela avança. Nesse momento, a sonda estará se preparando para mergulhar profundamente na atmosfera de Saturno, onde a intensidade do atrito fará com que a nave pegue fogo.

No dia 14, as câmeras de Cassini apontarão pela última vez para o sistema de Saturno, fotografando Titã, a lua Enceladus e os anéis do gigante gasoso. Os cientistas também esperam obter novas imagens do fluxo de jato em forma de hexágono que se forma ao redor do pólo norte de Saturno. Depois, a nave vai apontar sua antena para a Terra, dando início à transmissão ininterrupta de dados das últimas etapas da missão.

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Já na manhã de 15 de setembro, o último dia de Cassini, a sonda fará uma manobra de cinco minutos para apontar todos os seus dispositivos de coleta de dados para a atmosfera de Saturno. Depois, a nave iniciará seu mergulho. Dentro da atmosfera do planeta, os propulsores de Cassini disparam em 10% de sua capacidade de manter a estabilidade direcional, permitindo que a antena da nave espacial permaneça apontada para a Terra e continue a transmissão dos dados.

Após um minuto de descida, os propulsores alcançarão 100% de sua capacidade e não poderão manter a estabilidade da sonda, deixando o controle e a orientação de Cassini à deriva das forças atmosféricas. Neste momento, com a nave a apenas 1.510 quilômetros das nuvens de Saturno, a comunicação com a Terra cessará e a missão de Cassini terá sido concluída. Em sua cena final, a nave aparecerá como um meteoro flamejante cruzando o céu do gigante gasoso.

A missão

Cassini foi primeira nave espacial a orbitar Saturno. “A missão tem sido insanamente, descontroladamente, lindamente bem sucedida”, descreveu Curt Niebur, cientista do programa Cassini, em comunicado do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

Este mergulho memorável de Cassini dará fim a uma missão que forneceu descobertas sem precedentes, que incluem desde a observação de mudanças sazonais em Saturno até a semelhança da lua Titã (um dos principais satélites do planeta) ao que seria Terra em sua origem, além da revelação de que um oceano poderia existir na lua Enceladus, com plumas de gelo saindo de sua superfície.

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Spilker disse, ainda, que os dados mais recentes da Cassini sobre os anéis de Saturno podem guardar ainda mais surpresas – as informações indicam que eles possuem uma massa mais leve do que previsto. Isto sugere que são mais jovens do que esperado, surgindo há cerca de 100 milhões de anos, após o nascimento do sistema solar.

Confira as últimas imagens capturadas por Cassini:

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