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Hillary Clinton: “As mulheres têm o direito de decidir quando e se terão filhos”

Derrotados pelo Vaticano na Rio+20, EUA saem em defesa dos direitos reprodutivos da mulher. "Vamos trabalhar para assegurar que os direitos sejam respeitados nos encontros internacionais", disse a secretária de estado

Por Marco Túlio Pires, do Rio de Janeiro
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h32 - Publicado em 22 jun 2012, 15h22

“Deve-se dizer que as pessoas sairão daqui, como disse Steve Jobs, não pensando apenas grande, mas diferente”, disse Hillary

Derrotados pela Igreja na garantia dos direitos reprodutivos das mulheres no documento final da Rio+20, os Estados Unidos mostraram insatisfação durante discuro para os chefes de estado durante a reunião de cúpula. “As mulheres precisam ser fortalecidas no sentido de tomarem decisões sobre e e quando querem ter filhos”, disse Hillary Clinton, secretária de estado dos EUA, aplaudida pela plenária. O discurso funciona, assim, como o ponto mais marcante da participação dos EUA na conferência. Ao todo, a secretária vai passar menos de 20 horas no Rio.

O embate entre os Estados Unidos e o Vaticano se dá principalmente a partir da decisão do presidente Barack Obama de incluir a pílula do dia seguinte no programa de saúde pública do país, com recursos para reembolsar as mulheres que queiram fazer uso desse método contraceptivo.

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Hillary defendeu que é preciso agir sobre “as claras evidências de que as mulheres são essenciais e representam a força motora do desenvolvimento sustentável”. Apesar de o documento final atender as questões de saúde reprodutiva e acesso familiar, disse Hillary, “temos que também assegurar o direito reprodutivo das mulheres. Os EUA vão trabalhar para assegurar que os direitos sejam respeitados nos encontros internacionais”.

No discurso, Hillary elogiou a liderança brasileira. “Graças ao Brasil conseguimos reunir um documento final que marca um grande avanço para o desenvolvimento sustentável”, disse. Contudo, rebateu críticas de que as responsabilidades para promover o desenvolvimento sustentável do planeta seriam comuns a todos os países, porém diferenciadas quando se tratando de ricos e pobres. “Sabemos que passamos por um momento dos mais difíceis porque a forma como vamos crescer no futuro não é problema de alguns, mas de todos.”

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A secretária de estado americano atacou a posição tradicional e conservadora de alguns países. “Apesar de às vezes discordamos, concordamos em princípios básicos. Não podemos ser limitados pela ortodoxia do passado. Podemos e devemos tomar decisões com base na pesquisa científica sobre o que funciona para o desenvolvimetno sustentável.”

Para Hillary, o resultado mais importante da conferência é o exemplo de uma nova forma de se pensar que levará a modelos importantes para ações futuras. Citou Steve Jobs. “Deve-se dizer que as pessoas sairão daqui, como disse Steve Jobs, não pensando apenas grande, mas diferente.”

A democrata finalizou o discurso dizendo: “Seremos julgados não pelo que falamos ou pelo que pretendemos fazer, mas pelos resultados produzidos. Não temos condição de arcar com o fracasso.”

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