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Grã-Bretanha aprova a geração de bebês com o DNA de 3 pais

A última autorização legal foi concedida nesta quinta-feira pela Autoridade de Fertilização e Embriologia. É o primeiro local do mundo a tomar essa medida

Por Da redação
Atualizado em 15 dez 2016, 12h22 - Publicado em 15 dez 2016, 12h17

A Grã-Bretanha é o primeiro local do mundo a aprovar e regular a concepção in vitro de crianças com o DNA de três pessoas. A última autorização legal que faltava foi concedida nesta quinta-feira pela Autoridade de Fertilização Humana e de Embriologia do país (HFEA, na sigla em inglês). O órgão é responsável por regular a fertilidade na ilha.

“É uma decisão histórica e estou certa de que os pacientes que esperam por este tratamento estarão realmente satisfeitos com o que decidimos hoje”, disse Sally Cheshire, presidente da HFEA. A Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns já haviam autorizado a técnica.

Usada para prevenir doenças mitocondriais provocadas por defeitos genéticos transmitidos pela mãe, a técnica de combinação do DNA de três pais consiste em utilizar o espermatozoide do pai, o óvulo da mãe e a mitocôndria de uma doadora. Por isso a criança é concebida com o DNA de três pessoas. O primeiro bebê a nascer desta técnica fez parte de uma pesquisa científica publicada em setembro deste ano.

As mitocôndrias são a fonte de energia das células. Elas contêm apenas cerca de 0,1% do DNA de uma pessoa, são herdadas sempre da mãe e não têm influência em características individuais, como a aparência ou a personalidade. Mas quando o DNA mitocondrial não funciona, as consequências podem ser catastróficas. Nas doenças mitocondriais, as mitocôndrias não podem converter de forma eficiente o açúcar e o oxigênio em energia, fazendo com que as células não funcionem corretamente.

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Com a nova técnica, espera-se evitar doenças como problemas cardíacos, insuficiência hepática, distúrbios cerebrais, cegueira e distrofia muscular hereditária.

O primeiro bebê

Abrahim Hassan já tem 8 meses de idade e nasceu no México. Sua mãe, Ibtisam Shaban, possui genes da chamada síndrome de Leigh, uma desordem mortal que afeta o sistema nervoso em desenvolvimento do feto e que provocou a morte de seus dois primeiros filhos. Por isso, acompanhada de seu marido, Mahmoud Hassan, Ibtisam solicitou ajuda do especialista em fertilidade John Zhang e sua equipe no Centro New Hope, em Nova York, nos Estados Unidos.

Os pais do bebê são jordanianos, mas foram tratados no México pela equipe pois, segundo os cientistas, enquanto nos Estados Unidos o procedimento é proibido, no México não há restrições.

(Com agências AFP e EFE)

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