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Gigantesco iceberg está perto de se romper na Antártica

Segundo cientistas, ruptura do bloco de 5.000 km² mudará a geografia da região. Como flutua, iceberg não causará aumento do nível dos oceanos

Por Da redação
Atualizado em 6 jan 2017, 21h27 - Publicado em 6 jan 2017, 16h33

Um gigantesco iceberg, considerado um dos dez maiores do mundo, está perto de se soltar da Antártica, afirmaram cientistas na quinta-feira. O bloco de 5.000 quilômetros quadrados, área equivalente à do Distrito Federal, é resultante de uma grande rachadura na plataforma de gelo Larsen C, na Antártica, que se expandiu abruptamente no mês passado. Apenas vinte quilômetros de gelo impedem que o imenso bloco se solte da plataforma e se torne um iceberg de 80 quilômetros de comprimento.

A muralha gelada “irá mudar fundamentalmente o cenário da Antártica”, afirmaram em comunicado cientistas britânicos do Projeto Midas da Universidade de Swansea, no País de Gales, que monitora o impacto do derretimento em plataformas de gelo. Como flutuará, o bloco de gelo não deve causar aumento no nível dos oceanos – no entanto, rupturas futuras decorrentes do desprendimento podem levar ao descongelamento de geleiras e, como a água dessas últimas são integradas aos mares, podem levar ao aumento do nível. Segundo estimativas dos pesquisadores, se toda a plataforma Larsen C derreter, os oceanos podem aumentar em até 10 centímetros.

Mudanças geográficas

Plataformas de gelo são áreas onde o gelo flutua sobre o mar no fim das geleiras, com uma espessura de centenas de metros. Por não estarem sobre a terra, pedaços delas podem se desprender e flutuar sobre mares gelados. Os cientistas temem que a perda dessas plataformas ao redor do continente permita que, futuramente, geleiras internas se mexam mais rápido em direção ao mar, à medida que as temperaturas aumentam devido às mudanças climáticas.

Iceberg gigante se desprenderá da plataforma de gelo Larsen C Ice Shelf, na Antártica
Imagem da Nasa que revela extensão da ruptura na plataforma Larsen C. (Reprodução/Nasa/Divulgação)

Os pesquisadores têm acompanhado a rachadura em Larsen C por muitos anos. Nos últimos meses, porém, passaram a observá-la com atenção em razão de colapsos das plataformas de gelo Larsen A, em 1995, e Larsen B, em 2002.

Segundo os cientistas, o fenômeno que pode levar à ruptura do iceberg não é climático, mas geográfico. É provável que as mudanças climáticas tenham antecipado o rompimento, mas talvez não sejam a causa do fenômeno.

 

(Com Reuters)

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