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Estrelas são 100 milhões de anos mais jovens do que se acreditava

Novos dados do telescópio Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), mostraram que as estrelas surgiram 550 milhões de anos depois do Big Bang

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h06 - Publicado em 6 fev 2015, 17h44

As primeiras estrelas são pelo menos 100 milhões de anos mais jovens do que os cientistas acreditavam. Um estudo feito a partir dos dados do telescópio Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), mostrou que a formação delas se deu 550 milhões de anos após o Big Bang, a grande explosão que deu origem ao Universo há 13,8 bilhões de anos. Os primeiros cálculos dos astrônomos mostravam que as estrelas haviam nascido 440 milhões de anos depois do fenômeno.

Antes desse período, o Universo era uma grande massa escura, o que só começou a mudar com o surgimento das primeiras galáxias, entre 300 milhões e 400 milhões de anos após o Big Bang. No entanto, os cientistas dispunham de indícios de que elas sozinhas não teriam força suficiente para tirar o Universo da escuridão antes de 450 milhões de anos após o Big Bang. As novas evidências trazidas pelo telescópio Planck diminuem o problema, pois indicam que inicialmente surgiram as galáxias e, em seguida, suas estrelas.

“Essa diferença de 140 milhões de anos pode não parecer significativa no contexto de 13,8 bilhões de anos do cosmos, mas é uma grande mudança em nossa compreensão de como alguns eventos-chave se desenvolveram nas épocas mais remotas”, afirmou George Efstathiou, um dos líderes da equipe responsável pelo telescópio Planck, à BBC.

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Radiação cósmica de fundo – As informações para a descoberta foram coletadas por observações feitas entre 2009 e 2013 pelo telescópio espacial lançado pela ESA em 2009. Seu objetivo é estudar a chamada radiação cósmica de fundo, que são os primeiros raios de luz emitidos em toda a história. Nos primeiros momentos após o Big Bang, o Universo era composto por uma mistura muito quente de prótons, elétrons e fótons. Com o passar dos milênios, essa mistura foi se resfriando e, quando chegou a cerca de 2.700 graus Celsius, prótons e elétrons passaram a se juntar, formando os primeiros átomos de hidrogênio e hélio. Assim, os fótons, que são as partículas de luz, ficaram livres para percorrer o cosmos.

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Essa mesma radiação primordial está até hoje, mais de 13 bilhões de anos depois, viajando pelas galáxias. No entanto, com a enorme expansão que o Universo sofreu durante esse tempo, esses raios de luz também tiveram seu comprimento de onda expandido. Eles são invisíveis ao olho humano e só podem ser observados por meio de radiotelescópios ou telescópios infravermelhos, como o telescópio Planck.

Apesar de essa radiação estar quase uniformemente distribuída pelo Universo, ela apresenta algumas flutuações pequenas de temperatura, que foram detectadas pelos instrumentos sensíveis do satélite. Essas flutuações representam pontos onde o Universo era mais denso e seriam como sementes das estruturas que formam o Universo hoje em dia, como as estrelas e galáxias de hoje. Trata-se de uma espécie de “luz-fóssil” que, pela primeira vez, pode ser vista em detalhes.

Os dados enviados pelo telescópio foram publicados pela ESA em um seu site, e devem ser usados por outras equipes de cientistas para confirmar a descoberta.

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(Da redação de VEJA.com)

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