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Elefantes são capazes de entender o gesto humano de apontar com as mãos

Uma nova pesquisa descobriu que esses animais não precisaram de nenhum treinamento para isso

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h16 - Publicado em 14 out 2013, 13h01

Desde muito cedo, os seres humanos aprendem o gesto de apontar, como uma forma de direcionar a atenção das pessoas a um ponto específico. Um novo estudo mostrou que essa habilidade está presente também nos elefantes, que podem utilizá-la como uma pista para encontrar comida, sem precisar de treinamento. Segundo os pesquisadores, muitos primatas, como chimpanzés e gorilas, não conseguem entender o mesmo gesto.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: African Elephants Can Use Human Pointing Cues to Find Hidden Food

Onde foi divulgada: periódico Current Biology

Quem fez: Anna F. Smet e Richard W. Byrne

Instituição: Universidade de St Andrews, Escócia

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Resultado: Os pesquisadores descobriram que os elefantes-africanos são capazes de seguir a direção apontada por um humano, sem qualquer treinamento prévio

“Mostrando que um elefante-africano entende espontaneamente um humano apontando, sem nenhum treinamento, nós mostramos que a habilidade de compreender isso não é apenas humana, mas também evoluiu em uma linhagem animal muito distante dos primatas”, afirma Richard Byrne, pesquisador da Universidade de Universidade de St Andrews, na Escócia, e coautor do estudo, publicado na última quinta-feira, no periódico Current Biology.

Segundo Byrne, os elefantes compartilham com os humanos o fato de viverem em uma rede complexa, na qual apoio, empatia e ajuda são essenciais para a sobrevivência. “Pode ser que só nesse tipo de sociedade a habilidade de entender o ato de apontar tenha valor adaptativo, ou a sociedade de elefantes pode ter selecionado a habilidade de entender quando os outros estão tentando se comunicar com eles”, afirma o pesquisador.

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Pesquisa – O estudo foi realizado com 11 elefantes-africanos que “trabalhavam” levando nas costas pessoas em passeios turísticos, na região das Cataratas Vitória, no sul da África. Eles eram treinados para seguir alguns comandos vocais, mas não para o ato de apontar. Durante o estudo, os elefantes mais acostumados com humanos, ou aqueles nascidos em cativeiro, não se saíram melhor em seguir a direção indicada do que os menos habituados ou nascidos na natureza. Todos conseguiram seguir o gesto para encontrar comida escondida. Para os pesquisadores, é possível que os elefantes tenham entre si algum gesto parecido com o de apontar como uma forma de comunicação, usando a tromba.

“É claro que nós esperávamos que os elefantes conseguissem aprender a seguir a direção apontada por um humano. Mas o que realmente nos surpreendeu foi que eles, aparentemente, não precisaram aprender nada. Sua compreensão foi tão boa na primeira tentativa quanto na última, e nós não conseguimos encontrar sinais de aprendizagem ao longo do experimento”, conta Anna Smet, uma das autoras do estudo.

A descoberta pode ajudar a explicar como, há milhares de anos, os humanos já utilizavam elefantes capturados na natureza para transportar materiais ou mesmo durante guerras. Segundo os pesquisadores, esses animais têm uma capacidade natural de interagir com humanos, apesar de, diferentemente dos cavalos, cachorros e camelos, nunca terem sido domesticados.

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