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Como a formiga aguenta o calor do Saara?

Estudo mostra que um revestimento de pelos de prata ajuda a espécie a refletir a radiação e resfriar o corpo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h03 - Publicado em 19 jun 2015, 16h18

Em novo estudo, publicado nesta semana na revista Science, um grupo entomologistas dos Estados Unidos e da Suíça descobriu como as formigas do Saara suportam o calor do deserto: elas possuem um revestimento de pelos de prata que controla as ondas eletromagnéticas, melhorando a quantidade de radiação refletida e aperfeiçoando a capacidade de emissão de energia do corpo da formiga. Em outras palavras, a proteção mantém o corpo em boa temperatura.

A cataglyphis bombycina, conhecida como formiga prateada do Saara, pertecence a uma espécie dominante nas dunas de areia do norte da África. Seus ninhos são enormes e profundos, com múltiplas entradas distribuídas por vários metros. Trata-se de um dos animais terrestres que mais tolera altas temperaturas: o corpo atinge até 53,6 graus, sem males.

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A equipe de cientistas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e do Instituto de Pesquisa Cerebral de Zurique, na Suíça, foi a primeira a descobrir que esse revestimento de pelos de prata da formiga, em formato triangular e transversal, não só melhora a reflexão da radiação, filtrando raios solares, como aperfeiçoa a capacidade de emissão de energia do corpo desse inseto. O efeito de resfriamento funciona sempre que as formigas estão expostas ao sol, reduzindo a sua temperatura corporal de cinco a dez graus.

“Para entender o efeito da radiação térmica, pense na sensação de frio quando você sai da cama de manhã. Metade da perda de energia nesse momento é devido à radiação térmica, pois a temperatura da pele está temporariamente muito maior do que a do meio ambiente”, declarou o entomologista, e um dos autores do estudo, Nanfang Yu, da Universidade de Columbia.

Para os cientistas, o fato de as formigas prateadas conseguirem manipular ondas eletromagnéticas vai muito além do mundo animal. De acordo com eles, “esta solução biológica para um problema termorregulador pode levar ao desenvolvimento de revestimentos biomiméticos (ciência baseada no comportamento da natureza) para o resfriamento de objetos criados por nós”.

(Da redação)

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