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Coloridos e com cara de pássaro: assim eram os dinossauros

Cientistas britânicos divulgaram a representação mais realista já feita de um dinossauro, com base em fósseis encontrados na China

Por Da redação
Atualizado em 15 set 2016, 14h33 - Publicado em 15 set 2016, 12h16

A cara é como a de um papagaio, mas o porte é de um grande peru. Dois chifres rodeiam o crânio e a pele rosada é lisa e coberta por pintas marrom escuro. Divulgada na última semana, a recriação do Psitacosauro (que ganhou o apelido de “lagarto-papagaio”) é a representação mais fiel de um dinossauro já feita pelos cientistas. O modelo em 3D, descrito na última edição da revista científica Current Biology, foi feito com base em fósseis extremamente preservados, encontrados na China, que ainda guardavam vestígios dos pigmentos dos animais. Segundo os pesquisadores, o modelo ajuda a compreender como a pele colorida ajudava dinossauro a se esconder dos predadores nas florestas do período Cretáceo (entre 145 milhões e 65 milhões de anos atrás), em que vivia.

“Ficamos impressionados ao ver como os padrões de cores da pele funcionavam como uma camuflagem para o pequeno dinossauro”, explicou o paleontólogo Jakob Vinther, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, um dos autores do estudo, em comunicado.

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Dinossauro colorido

Para reproduzir o corpo e as cores que cobriam a pele do animal, os pesquisadores examinaram os fósseis com lasers que ressaltavam os vestígios de pigmentos. Em seguida, observaram as estruturas que armazenavam os pigmentos em células e tecidos em microscópios eletrônicos. O esqueleto e a musculatura do Psitacosauro foram medidos e analisados pelos cientistas e, com o desenho pronto, o paleoartista Robert Nicholls fez o modelo e reproduziu o animal em tamanho natural.

Reprodução é baseada em estudos de um fóssil de dinossauro na China, com a pele sendo preservada
Modelo fotografado no Jardim Botânico de Bristol, na Inglaterra (Jakob Vinther/University of Bristol/Divulgação)

Em seguida, o boneco foi fotografado no Jardim Botânico de Bristol, para que os pesquisadores conseguissem visualizar como as cores da pele poderiam funcionar para camuflar o dinossauro.

“Foi um processo longo e doloroso, mas agora temos a melhor sugestão de como um dinossauro realmente vivia”, afirmou Nicholls.

Em estudos posteriores, os cientistas pretendem explorar outros tipos de camuflagem existentes nos registros fósseis (como as penas coloridas) e usá-las para compreender a relação entre os predadores, suas presas e o ambiente do período dos dinossauros. Essas pistas podem ajudar a revelar como se deu a evolução da biodiversidade até os dias atuais.

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