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Cientistas descobrem violento massacre da Grécia Antiga

Segundo os arqueólogos, as ossadas provavelmente pertenciam a um grupo liderado por um nobre ateniense que tentou tomar o poder em 632 a.C.

Por Da redação
Atualizado em 5 ago 2016, 10h03 - Publicado em 4 ago 2016, 21h02

Arqueólogos descobriram ossadas de pelo menos 80 pessoas que foram vítimas de uma execução em massa na Grécia Antiga. Segundo os pesquisadores, elas estavam em uma vala de um cemitério datado entre os séculos VIII e V a.C., próximo a Atenas. Os esqueletos, encontrados recentemente, tinham os pulsos presos acima da cabeça por grilhões de ferro e algumas ossadas estavam empilhadas, com as mandíbulas abertas. A identidade dessas pessoas, como elas chegaram até lá e por que foram enterradas (como um símbolo de respeito) permanece um mistério para os cientistas – mas pistas sugerem que os restos mortais pertencem a um exército fracassado.

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De acordo com informações da agência de notícias Reuters, as ossadas foram encontradas em uma parte da necrópole de Falyron Delta, um cemitério antigo descoberto durante a construção de uma biblioteca e de um teatro entre o centro de Atenas e o porto de Pireu.

A maioria dos esqueletos aparenta ser de jovens em bom estado de saúde, afirmou a arqueóloga Stella Chryssoulaki, líder das escavações. O próximo passo para os pesquisadores será realizar testes de DNA e investigar outros indícios das ossadas que indiquem como foi a morte. De qualquer forma, a especialista afirma que a posição dos pulsos, presos acima da cabeça, aponta que o aniquilamento foi violento – mas a maneira como foram enterrados sugere que eles eram mais que escravos ou criminosos.

A datação do cemitério pode trazer algumas pistas para os pesquisadores. “Aquele foi um período agitado para a sociedade ateniense. Aristocratas e nobres batalhavam entre si pelo poder”, afirmou a arqueóloga à Reuters.

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Uma das teorias mais plausíveis para a terrível morte das 80 pessoas é a de que eram apoiadores de Cilón, um nobre ateniense que tentou um golpe contra o poder vigente com a ajuda de seu padrasto, Megara, em 632 a.C.. Ambos falharam e o exército de apoiadores foi massacrado. Cilón conseguiu se esconder em um templo, fugindo da morte violenta que o espreitava. Com os testes de DNA, a equipe espera conseguir confirmar ou rechaçar a hipótese, identificando as misteriosas vítimas.

Cemitério grego

Mais de 1.500 corpos estão enterrados na necrópole de Falyron Delta. De acordo com a arqueóloga, um museu construído no local poderia reviver a memória dos atenienses que habitaram o local em outras eras. Confira abaixo as fotos do massacre em Atenas:

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