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Cientistas armazenam cheiros de objetos antigos

Aroma de livros, luvas e outros artefatos de uma mansão na Inglaterra estão sendo documentados. Objetivo é criar o primeiro arquivo histórico olfativo

Por Da redação
10 abr 2017, 10h52

Inspirados pelo aroma do papel antigo, cientistas estão documentando os cheiros evocativos de uma velha mansão britânica, a fim de preservá-los para a posteridade. A equipe está trabalhando na Casa Knole, no sudeste da Inglaterra, capturando o cheiro de livros, luvas usadas por aristocratas, discos de vinil e ceras para o chão. Os primeiros resultados da pesquisa foram publicados nesta sexta-feira, na revista acadêmica Heritage Science. Entre outras finalidades, a equipe espera que suas pesquisas sirvam para detectar sinais de deterioração nas bibliotecas, mas também para a criação do que seria o primeiro arquivo histórico olfativo, principalmente para os cheiros que correm o risco de desaparecer.

“Os cheiros nos ajudam a conectar com a História de uma maneira mais humana”, disse Cecilia Bembibre, doutoranda na University College London, na Inglaterra, que participou das investigações.

O projeto tem como objetivo identificar cheiros com “valor cultural”, assim como “formas de documentá-los e, com sorte, conservá-los”, disse Bembibre à AFP. Além de testar os objetos para tentar recriar seu cheiro no laboratório, os cientistas confiaram nos registros escritos da casa, onde a romancista Vita Sackville-West nasceu e passou a infância.

O químico analista Matija Strlic, co-autor do estudo, também da University College London, explicou que trabalhar na mansão foi crucial, porque os objetos estavam em seu “habitat natural”. “Em um museu, ou galeria, estariam fora de contexto”, acrescentou.

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No artigo publicado recentemente, Strlic e Bembibre incluíram uma pesquisa sobre o cheiro de papel feita com visitantes de vários lugares, entre eles a biblioteca da catedral londrina de St. Paul. Quando os pesquisadores pediam para que os entrevistados descrevessem o cheiro dos livros, eles utilizavam termos como “úmido”, “mofado” e “doce”.

Strlic teve a ideia de fazer este estudo quando descobriu, há uma década, que os conservadores de papel detectam se os livros estão se degradando pelo seu cheiro. Após anos de pesquisas, ele afirma que é capaz de identificar, simplesmente pelo cheiro, “onde um papel foi feito, quando e seu nível de degradação”.

(Com AFP)

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