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Biólogo especialista em células-tronco ajuda a divulgar a ciência

Para o neurocientista Stevens Rehen, a aproximação da sociedade e da ciência é urgente para uma transformação positiva no país

Por Abril Branded Content
Atualizado em 27 out 2017, 17h32 - Publicado em 26 out 2017, 15h58

Um dos primeiros biólogos a demonstrar a relação entre infecção pelo zika vírus e microcefalia leciona na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado pelas pesquisas com células-tronco, Stevens Rehen (CRBio 060937/02-D), 46 anos, dirige o departamento de pesquisa do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.

Pouco depois da formação em ciências biológicas, Rehen se lançou ao estudo da neurociência por meio de mestrado e doutorado na UFRJ. “Comecei minha carreira pesquisando e estudando as células, principalmente a morte celular e a relação disso com a formação do nosso cérebro. Fui me desenvolvendo nessa área e, quando me mudei para os Estados Unidos para estudar biologia molecular em dois pós-dourados, acabei entrando em contato com as células-tronco. Foi então que me especializei na relação delas com o cérebro”, conta.

Pesquisando células

Entre os vários estudos realizados por Rehen, chama a atenção a técnica chamada “reprogramação celular”, em que as células colhidas de um fragmento de pele ou da urina de uma pessoa voltam no tempo e se comportam como células embrionárias. A partir disso, resumidamente, o pesquisador cria os chamados “minicérebros”, ou seja, avatares biológicos vivos que simulam o cérebro em desenvolvimento. Por meio deles, é possível investigar distúrbios de neurodesenvolvimento e testar medicamentos para combatê-los.

“As células-tronco são como ferramentas importantes para responder muitas questões. No meu caso específico, utilizo-as para estudar a biologia do zika vírus e suas preocupantes consequências. Mas exploro também pesquisas para responder questões em outros assuntos, como, por exemplo, substâncias psicodélicas e seus efeitos biológicos no sistema nervoso.”

Os trabalhos e estudos de Rehen fizeram com que ele se tornasse referência na neurociência brasileira. Em 2007, foi convidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a participar da primeira audiência pública da área da história do Brasil. O biólogo apresentou a importância dos estudos de células-tronco embrionárias, o que contribuiu para que as pesquisas nessa área fossem liberadas. Confira a gravação da sessão no vídeo abaixo (inicia-se em 27’50’’):

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Ciência para todos

Rehen também já publicou centenas de textos nos principais jornais, revistas e portais de notícia do Brasil. Seu papel como divulgador da ciência já o levou a diversos programas de TV e às redes sociais para falar democraticamente sobre vários assuntos de neurociência.

Ele ainda relaciona a importância da divulgação científica à sua própria história. “Se eu não tivesse tido acesso a revistas científicas e a cientistas, talvez tivesse outra vida hoje”, ressalta. Segundo ele, a aproximação da sociedade e da ciência é urgente, pois assim é possível não só apreciar a importância das descobertas, mas também entender que a ciência faz parte de uma estratégia estrutural e social de um país. “Muitas coisas no Brasil só foram possíveis por causa da ciência. Além disso, é uma obrigação dos cientistas prestar contas à população e mostrar o que está sendo produzido na ciência brasileira, já que grande parte das pesquisas é financiada com dinheiro público”, lembra Rehen.

Mas ele vê que seu trabalho como divulgador vai além de mera obrigação. “Vejo o potencial educativo e também acho um trabalho divertido. O feedback é muito bom e eu aprendo muito. Falo sobre temas controversos que merecem maior reflexão, como medicamentos psicodélicos e as próprias células-tronco, e sempre tenho um retorno positivo. Isso é um sinal de maturidade da sociedade e também de interesse pela ciência”, conclui o cientista.

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A partir de novembro, Rehen também lançará um podcast, no qual, por meio de experiências sonoras, falará sobre assuntos relacionados a ciência e responderá questões e comentários de ouvintes. “Eu sou um cientista que tenta causar um impacto no Brasil e também no mundo. Por enquanto, isso é mais uma pretensão do que uma realidade. Mas fico feliz quando recebo um retorno das pessoas que gostam do trabalho que eu faço.”

(CFBio/Divulgação)
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