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Asteroide que matou dinossauros fez superfície agir como líquido

Novo estudo publicado na 'Science' descreve os efeitos do impacto que atingiu o planeta há 65 milhões de anos

Por Da redação
Atualizado em 25 nov 2016, 20h20 - Publicado em 25 nov 2016, 20h02

Há 65 milhões de anos, um imenso asteroide atingiu a Terra, causando a extinção dos dinossauros e de 75% de toda a vida no planeta. Um novo estudo, publicado na última semana na revista Science reconstrói o impacto e revela que ele foi tão violento que chacoalhou a crosta da Terra por alguns momentos, fazendo-a agir como um fluido. Uma montanha mais alta que o Everest (que tem quase 9.000 metros) foi formada nos primeiros momentos e se lançou em direção à crosta, produzindo uma série de picos. Segundo os cientistas, tudo isso aconteceu em cerca de cinco minutos.

Para chegar à descrição precisa do evento, a equipe liderada por cientistas do Imperial College of London, na Inglaterra, analisou rochas da cratera de Chicxulub, no México, reconhecida como uma das remanescentes do impacto.

Segundo os pesquisadores, as rochas da superfície da Terra sob o impacto se comportaram da mesma forma que um lago atingido por uma pedra. De acordo com o estudo, nos primeiros três minutos, uma porção de montanhas, mais altas que os Himalaias, foram formadas em volta de um vazio de 25 quilômetros de profundidade e 70 quilômetros de largura – os picos subiam e mergulhavam em direção à superfície. No quarto minuto, o maior pico se formou e foi jogado na crosta terrestre. Nos minutos finais, entre o fim do quinto minuto até o décimo, a superfície foi chacoalhada e o movimento sísmico deixou uma grande cratera na superfície. A zona do impacto se estendeu para toda a crosta terrestre, fazendo as rochas “fluírem” e “mudando o mundo para sempre” afirmou Penny Barton, pesquisador do departamento de ciências da Terra da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, em um comentário que acompanha o estudo. Os pesquisadores ressaltam que, apesar de a Terra agir como um fluido e se movimentar como um líquido, ela permaneceu sólida.

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Primeiras formas de vida

O estudo também confirma um modelo para a formação de crateras e explica como as rochas do planeta se tornaram porosas e menos densas – um ambiente favorável à circulação de água e nutrientes do interior da Terra que podem ter ajudado no surgimento das primeiras formas de vida do planeta, formado há 4,5 bilhões de anos. Acredita-se que, em sua origem, a Terra foi bombardeada por asteroides, que podem ter ajudado os primeiros organismos terrestres a aparecer.

“É difícil acreditar que as mesmas formas que destruíram os dinossauros podem ter também tido um papel importante, muito mais cedo na história da Terra, em  fornecer os primeiros refúgios para a vida primitiva no planeta”, afirmou Joanna Morgan, pesquisadora do Departamento de Ciências da Terra do Imperial College London.

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