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As primeiras revelações sobre o túmulo de Jesus

Os arqueólogos acharam intacta a pedra de calcário onde o corpo de Cristo teria sido colocado. Local foi aberto na semana passada, em Jerusalém

Por Da redação
Atualizado em 1 nov 2016, 06h30 - Publicado em 31 out 2016, 19h38

As primeiras investigações sobre o local que seria o túmulo de Jesus, segundo a tradição cristã, revelaram que a cama funerária onde o corpo teria sido colocado permaneceu intacta. Essa era uma das grandes questões que a abertura da tumba, feita no início da semana passada, deveria esclarecer. A conclusão, dos arqueólogos da Universidade Nacional e Técnica de Atenas, na Grécia, foi divulgada nesta segunda-feira. O túmulo está localizado dentro da Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e foi aberto pela primeira vez desde 1555.

De acordo com a tradição religiosa, após a crucificação, o corpo de Cristo foi colocado em um tipo de cama funerária cavada nas paredes de uma caverna calcária, em 30 ou 33 d.C. O túmulo estava coberto por placas de mármore, colocadas para evitar saques e danos provocadas pelas grandes levas de peregrinos ao local. A primeira camada foi posta provavelmente no momento do sepultamento. Já o segundo revestimento foi colocado em 1555.

Por sua vez, a caverna está dentro da edícula, um tipo de casa pequena, reconstruída entre 1808 e 1810, depois do incêndio que atingiu a Basílica, na época.

O lugar foi identificado pela mãe do imperador romano Constantino, Helena, em 326 d.C., que mandou construir a Basílica do Santo Sepulcro. A descoberta dos arqueólogos pode provar que a localização do túmulo não mudou ao longo do tempo, mesmo após o acidente, e resistiu durante mais de 2.000 anos.

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Restauração

As portas da Basílica foram fechadas algumas horas antes do encerramento em 26 de outubro, na última quarta-feira. Durante as 60 horas permitidas para análises pelos grupos religiosos de católicos, ortodoxos e coptas que regem o local, os pesquisadores retiraram as placas que cobriam o túmulo e estudaram o mármore da caverna. Após retirarem a primeira camada, os arqueólogos encontraram uma pilha de entulho e uma nova pedra de mármore, na noite de 28 de outubro, poucas horas antes vencer o prazo. Essa segunda camada era de cor cinza e possuía uma pequena cruz gravada. Embaixo dela estava a cama funerária intacta do messias cristão.

Os cientistas colheram alguns dados e fecharam o túmulo, novamente, com o seu revestimento original. Restaurado pela equipe, ele não poderá mais ser aberto por anos ou até mesmo milênios. “A conservação arquitetônica que estamos realizando está destinada a durar para sempre”, afirmou Antonia Moropoulou, pesquisadora e responsável pela pesquisa inédita, em entrevista a revista americana National Geographic.

A edícula também está sendo restaurada pela equipe. Além do incêndio de 1808, a estrutura também sofreu danos em um terremoto de 1927 e estacas foram colocadas 20 anos depois, para segurar a pequena casa.

A reforma deve terminar no primeiro semestre de 2017 e é uma parceria da National Geographic Society, Universidade Nacional e Técnica de Atenas, na Grécia, o rei da Jordânia, Abdullah II, e da ONG americana World Monuments Fund (WMF, na sigla em inglês). 

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