Arqueólogos encontram no Peru altar de sacrifício humano de 1.600 anos
Vítimas eram decapitadas no topo de uma montanha no norte do país
Arqueólogos peruanos encontraram um altar para sacrifícios humanos da cultura mochica de 1.600 anos de idade, no topo de uma montanha na região norte do Peru. A informação foi divulgada pelo arqueólogo Régulo Franco.
Montanha Campana
A montanha Campana fica 1.000 metros acima do nível do mar e a 16 quilômetros da cidade de Trujillo, capital do estado de La Libertad, no Norte do Peru. Nela, os arqueólogos encontraram um altar da cultura Mochica. Trata-se de uma cultura do antigo Peru, que atingiu seu auge entre os séculos 1 e 4. Chegou a ocupar um território que se estendia por grande parte do que é hoje a costa norte do país.
De acordo com Franco, os cientistas encontraram o altar onde homens eram decapitados e arremessados em um abismo próximo, como parte de rituais praticados há 1.600 anos pelos mochicas.
A estrutura de pedra trabalhada foi encontrada há um mês e está localizada no pico central da montanha Campana, que fica 1.000 metros acima do nível do mar e a 16 quilômetros da cidade de Trujillo, capital do estado de La Libertad, no Norte do Peru.
O altar tem aproximadamente um metro e meio de altura, é constituído por três pedaços de 50 centímetros de comprimento e tem uma pedra em cima, semelhante ao relógio solar da cidade inca de Machu Picchu, em Cusco, Sudeste do Peru.
“O altar fica na beira de um abismo, o que coincide com as representações mochicas feitas em cerâmica, onde simbolizavam decapitações com cabeças em queda”, disse Franco.
“Os antigos povos dessa região sempre adoraram o deus da montanha e, aparentemente, os sacrifícios eram realizados durante o solstício de verão, época em que o nível de água favorece a irrigação dos campos agrícolas”, acrescentou.
(Com Agência France-Presse)