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A Nasa chegou a Júpiter. Por que isso é importante?

A missão da Nasa, que custou 1,13 bilhão de dólares, pretende, por meio do estudo do planeta, desvendar alguns mistérios sobre a formação do sistema solar

Por Marina Rappa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jul 2016, 21h02 - Publicado em 6 jul 2016, 17h00

Na madrugada da última terça-feira (5), a sonda Juno completou uma viagem de cinco anos no espaço e, finalmente, chegou ao seu destino: Júpiter. A missão, que custou 1,13 bilhão de dólares aos cofres da Nasa, busca, por meio do estudo do planeta, desvendar alguns mistérios sobre a formação do sistema solar. Assim que chegou, a sonda não tripulada começou a orbitar o planeta – fará isso 37 vezes durante um ano terrestre, utilizando uma série de instrumentos fornecidos por Itália, França e Bélgica. Ela vai estudar o funcionamento do gigante gasoso e analisar sua composição para responder a algumas perguntas como: do que Júpiter é feito? Como é o seu núcleo (se é que ele existe)? Como é seu campo magnético? Ao respondê-las, conseguiremos compreender a formação não só de Júpiter, mas de todo o sistema solar, que inclui a Terra.

A Nasa batizou a missão segundo um episódio mitológico. Segundo a mitologia romana, Juno (equivalente a Hera, na mitologia grega) é a irmã e esposa de Júpiter (Zeus, na mitologia grega), a única capaz de penetrar nas nuvens em que seu marido se envolveu para camuflar suas infidelidades. Delicadamente, ela consegue descobrir a verdadeira natureza de Júpiter – o mesmo objetivo da missão espacial.

Missão – Acredita-se que Júpiter foi um dos primeiros planetas a se formar, quase na mesma época que o Sol. Entre os segredos que o planeta ainda esconde, um deles é onde exatamente ele foi formado. Se o gigante gasoso realmente surgiu na mesma época que nossa estrela, então os elementos que compõem os dois deveriam ser muito similares; mas, então, por que Júpiter tem maiores concentrações de elementos pesados como carbono e nitrogênio? De acordo com algumas explicações científicas, isso acontece porque Júpiter pode ter migrado desde que se formou. Galileo, a primeira missão que orbitou o planeta, em 1995, forneceu informações que sugerem que o planeta teria se formado mais longe do Sol e posteriormente “migrado” para a órbita em que está hoje. Juno pretende trazer mais dados que confirmem ou não a teoria.

A sonda também vai vasculhar a atmosfera de Júpiter para verificar qual a quantidade de água que existe no planeta e, assim, identificar com precisão do que ele é composto, qual sua temperatura e como se dá o movimento das nuvens. Por fim, a missão pretende explorar e estudar a magnetosfera (região formada pelo campo magnético que envolve um astro, constituindo a parte exterior da atmosfera) dos polos do planeta, especialmente as auroras – as luzes a sul e norte do planeta –, dando novas possibilidades sobre como o enorme campo magnético afeta sua atmosfera.

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Confira abaixo por que a missão Juno é relevante para o estudo do sistema solar e quais respostas busca trazer:

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