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Vereadora que desapareceu após posse no PR forjou sequestro, diz polícia

Polícia diz que Ana Maria (PT) queria evitar participar de eleição de Mesa Diretora; petista foi detida em hospital de Ponta Grossa (PR)

Por Jean-Philip Struck
2 jan 2013, 19h50

A Polícia Civil do Paraná afirmou na noite desta quarta-feira que a vereadora Ana Maria Holleben (PT), que desapareceu após tomar posse em Ponta Grossa, na região central do estado, forjou o próprio sequestro. O motivo, segundo a polícia, seria evitar sua participação na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal.

Ela está internada em um hospital de Ponta Grossa, com quadro de desidratação, mas oficialmente foi presa em flagrante. Outras três pessoas que participaram da farsa também estão detidas. A polícia ainda procura por mais um participante.

O desaparecimento da vereadora petista de 60 anos, que cumpre o terceiro mandato, mobilizou a imprensa e a polícia do Paraná. Inicialmente, o caso foi tratado como um sequestro, já que na terça -feira o motorista da vereadora relatou à polícia que o carro em que eles viajavam, após terem deixado a cerimônia de posse, havia sido parado por homens armados, que levaram Ana Maria.

Antes de desaparecer, Ana Maria era esperada na Câmara, onde deveria participar da eleição. O grupo político da petista disputava a direção da Casa. Segundo a polícia, Ana Maria não queria seguir a orientação do partido na votação, e então inventou o sequestro.

A Secretaria de Segurança do Paraná chegou a despachar o grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) de Curitiba apara auxiliar nas investigações. “Não houve sequestro, houve uma simulação. No momento de exercer o voto para a escolha da Mesa Diretora [da Câmara], a vereadora Ana Maria, atendendo a interesses dela, decidiu não votar. E para evitar votar, ela simulou um quadro de sequestro”, disse o delegado Luiz Alberto Cartaxo.

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Segundo o delegado, a vereadora, seu motorista, e mais três pessoas que participaram do falso sequestro serão indiciados pelos crimes de falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha.

A polícia afirma que começou a desmontar a farsa a partir do rastreamento do celular de um dos participantes do falso sequestro. Ana Maria telefonou para um filho para afirmar que havia sido sequestrada, mas que estava bem. Um simples levantamento com a operadora mostrou que o número pertencia ao irmão do motorista da vereadora. Nesta quarta-feira pela manhã, a polícia começou a efetuar as prisões. A vereadora finalmente reapareceu no final da tarde na Santa Casa do município.

Ana Maria é prima do deputado estadual Péricles Mello (PT), que foi o segundo colocado na disputa pela Prefeitura de Ponta Grossa.

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