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Um em cada dez brasileiros é extremamente pobre

Governo estabelece renda familiar per capita de 70 reais por mês como piso abaixo do qual cidadão já se encontra em situação de miséria

Por Luciana Marques
3 Maio 2011, 11h37

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, informou nesta terça-feira que o governo usará o valor de 70 reais como base para definir a extrema pobreza. Ou seja, quem residir em domicílios com rendimento mensal per capita menor ou igual a este valor será considerado extremamente pobre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16,27 milhões de pessoas vivem nesta situação, o que representa 8,5% da população.

O valor servirá de base para a formulação do Plano Brasil sem Miséria, que deve ser lançado nas próximas semanas pelo ministério. O programa terá três eixos: transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva. “Essa informações são fundamentais para que o governo termine o detalhamento das ações para o plano de erradicação da extrema pobreza. O valor de 70 reais é próximo ao que vem sendo defendido pelas Nações Unidas”, disse a ministra.

Segundo dados do Censo Demográfico de 2010, o Nordeste concentra 59% do total de pessoas extremamente pobres no país. Mais de 70% das pessoas nesta condição são pardas ou pretas e 50% têm até 19 anos – sendo que quatro em cada dez indivíduos em extrema pobreza são crianças de até 14 anos. A pesquisa avaliou ainda o acesso da população a banheiro, rede de esgoto e energia elétrica.

“A pobreza extrema ainda atinge quase um brasileiro a cada dez, portanto será necessário um esforço muito grande para acabar com uma das piores mazelas que acumulamos ao longo dos anos”, avaliou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann.

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A secretária de Erradicação da Extrema Pobreza do ministério, Ana Fonseca, disse que o governo tentará cumprir a promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff de erradicar a miséria, mas admitiu que é impossível eliminar totalmente a extrema pobreza. “Vamos tirar essas pessoas da miséria, assumimos compromisso da presidente de realizar esse esforço extraordinário. Vamos tirar com ampliação de renda, mas com acesso a serviços públicos e ampliação de bem-estar. Mas essa meta zero não existe em nenhuma política pública. Sempre haverá pobreza e extrema pobreza.”

Ana citou dados da mortalidade infantil no mundo – de cinco mortes por 1.000 crianças, que segundo ela, são aceitáveis.

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