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Turma de José Dirceu ganha espaço no PT do Rio

Washington Quaquá, prefeito de Maricá e figura próxima a Marcelo Sereno e a Dirceu, lidera a parcial com 54,9% dos votos

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 nov 2013, 16h24

(Atualizada às 18h35)

O resultado parcial da eleição para o novo presidente do PT no Rio de Janeiro mostra o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, na dianteira, com 54,92% dos votos. Em números absolutos, são pelo menos 5.959 filiados que apoiaram Quaquá nas urnas, no último domingo, no Processo de Eleição Direta (PED) do PT. Maricá apareceu na rota dos interesses políticos ao ser premiada com um gordo incremento orçamentário promovido pela descoberta do pré-sal. Quaquá ganhou importância. E foi visitado por José Dirceu na cidade de 130.000 habitantes, a 60 quilômetros do Rio, duas vezes durante o primeiro mandato. Junto com o aumento da receita, apareceu uma lista de irregularidades no governo: no período de 2009 a 2012, o prefeito e a sua turma passaram a responder a 21 processos e cinquenta inquéritos, que passam por improbidade administrativa, danos ao Erário, prevaricação, peculato, abuso de poder econômico, superfaturamento, contratação de empresas-fantasma, como mostrou VEJA em junho de 2012. Marcelo Sereno, ex-assessor de José Dirceu, chegou a ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo de Maricá.

Dinheiro do pré-sal some em cidade fluminense

Os métodos usados para encabeçar a eleição para presidente regional do partido também entrou para o currículo de Quaquá. Como mostrou o jornal O Globo em julho deste ano, o prefeito é suspeito de usar a máquina pública para arregimentar militantes. Quaquá nomeou 132 filiados para cargos de confiança na prefeitura de Maricá em troca de amparo nas urnas durante o PED. A disputa do Rio prometia ser uma das mais acirradas, mas com a parcial há chances de o prefeito vencer no primeiro turno.

Nas urnas, a deputada federal Benedita da Silva aparece em segundo lugar, com 26,11% (ou 2.833 dos votos). Em seguida, está o atual presidente do PT-RJ, Jorge Florêncio, com 15,45%. Apesar de haver 80.000 filiados que poderiam votar, somente cerca de 30.000 compareceram. Até o momento, foram apurados 10.851 votos. Participaram do pleito seis candidatos.

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Quaquá e Benedita são da mesma corrente dentro do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB). O próximo presidente terá papel importante no fortalecimento do partido no Rio de Janeiro e no lançamento de uma candidatura própria para o governo do estado. Os dois se disseram favoráveis ao lançamento do senador Lindbergh Farias à corrida ao Palácio Guanabara em 2014, rompendo a aliança com o PMDB.

Benedita é apoiada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gravou um vídeo pedindo aos militantes que depositassem o voto na deputada. Ela também está amparada pelos deputados federais Luiz Sérgio e Edson Santos, pelo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e pelo líder do PT na bancada da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano. Quaquá teve menos apoio de petistas com mandatos, mas contou com Lourival Casula, da executiva estadual, que conhece bem o partido no interior.

Florêncio, da corrente Mensagem ao partido, tem o apoio do vice-prefeito do Rio, Adilson Pires, do deputado federal Jorge Bittar, dos secretários de estado do meio Ambiente, Carlos Minc, e de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira. Lindbergh Farias, um dos principais interessados nessa disputa, conseguiu uma posição confortável, com o apoio, pelo menos até agora, dos três principais nomes ao PT-RJ.

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