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Thomaz Alckmin é enterrado em Pindamonhangaba

Filho do governador Geraldo Alckmin morreu em acidente de helicóptero

Por Daniel Haidar, de Pindamonhangaba (SP)
3 abr 2015, 17h47

Thomaz Alckmin, filho caçula do governador Geraldo Alckmin morto nesta quinta-feira na queda de um helicóptero na Grande São Paulo, foi enterrado por volta de 19h10 desta sexta-feira no cemitério municipal de Pindamonhangaba, interior de São Paulo. O corpo chegou às 17h05 ao velório municipal da cidade, que fica a 500 metros do cemitério, depois de ter sido velado durante o dia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com acesso restrito a familiares e convidados.

Mas uma nova cerimônia, aberta ao público, foi realizada em Pindamonhangaba. O governador chegou acompanhado da mulher, Lu, e dos filhos Sophia e Geraldo. Abatidos, eles cumprimentaram familiares, amigos e políticos no velório. Bastante emocionado, Alckmin chegou a chorar quando abraçava uma irmã. Ao fim da cerimônia, o caixão foi carregado ao cemitério pelo governador e a primeira-dama, acompanhados dos filhos e da viúva de Thomaz, Tais.

Thomaz tinha 31 anos, era o filho mais novo do governador e trabalhava como piloto profissional. Ele foi enterrado no mesmo túmulo onde oito familiares, incluindo seus avós paternos, foram sepultados. No mesmo local também foi enterrada a babá do governador, Tereza Faria dos Santos, que morreu em janeiro deste ano.

Ainda não foram esclarecidas as causas do acidente de helicóptero ocorrido nesta quinta-feira em uma área residencial de Carapicuíba, município da Grande São Paulo, que resultou ainda na morte de outras quatro pessoas – o piloto da aeronave e três mecânicos.

São Paulo – A presidente da República, Dilma Rousseff, esteve no final da manhã em São Paulo, e foi ao velório de Thomaz. Dilma estava acompanhada dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Joaquim Levy (Fazenda) e Edinho Silva (Comunicação), que também vieram dar os pêsames ao governador de São Paulo. O vice-presidente da República, Michel Temer, também esteve no hospital onde a família do governador recebeu amigos, políticos e parentes.

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A presidente emitiu uma nota oficial lamentando a morte de Thomaz Rodrigues Alckmin. “Presto, neste momento de dor e consternação, minha solidariedade e sentidos pêsames aos pais, familiares e amigos das vítimas”, disse Dilma no texto. Após permanecer cerca de 25 minutos no local, Dilma se retirou para retornar a Brasília.

Cerca de 10 minutos antes da chegada da presidente, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, chegou ao velório. “É algo extremamente triste e devastador. Alckmin é um amigo que hoje vive certamente o momento mais difícil de sua vida. Que a sua fé sempre presente nos momentos difíceis possa confortar ele e sua família”, disse Aécio. No velório, que aconteceu no hospital Albert Einstein, próximo ao Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, foi celebrada um missa de corpo presente rezada pelo bispo de Santo Amaro, Dom Fernando Figueiredo. Além das cerimônias católicas, estiveram presentes representantes da Federação Israelita e o bispo Edir Macedo, líder religioso da Igreja Universal do Reino de Deus.

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O senador José Serra (PSDB) esteve entre os amigos e políticos que passaram pelo local para prestar condolências à família Alckmin. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, e o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Mathias Coltro, também visitaram o local. Entre os políticos, estiveram presentes o ex-governador paulista Claudio Lembo (DEM), o deputado federal Ivan Valente (Psol), o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy (PT), além de deputados estaduais e secretários estaduais.

Mais cedo, o vice-governador, Marcio França, afirmou que “o governador Geraldo Alckmin e dona Lu também são muito religiosos e isso tem ajudado bastante. Ele está firme, dentro do que é possível nessas circunstâncias. Ele tem muita fé é muito cristão. Nesse momento não tem muitas palavras que possam confortar, mas espero que eles possam suportar essa dor”. França relatou que o governo ainda não recebeu informações sobre possíveis causas para o acidente aéreo. “O Thomaz era uma pessoa muito especial. Não é normal nessas circunstâncias as pessoas terem de enterrar o filho, uma pessoa tão jovem, com tanta coisa na vida”. Segundo França, a primeira-dama já não estava na sala de velório quando ele deixou o hospital.

Chegaram por volta das 8 horas o secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita (PMDB), amigo da família Alckmin, acompanhado do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini. Eles vieram no mesmo carro.

Dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo, rezou uma prece com os familiares do governador. Também estiveram presentes o diretor-presidente do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg, e os irmãos Fábio Feldman e Walter Feldman, que foram colaboradores de gestões tucanas. Segundo o ex-deputado Walter Feldman, atual secretário-geral da CBF, os familiares relataram que Thomaz era um piloto cauteloso. “Ele tinha receios e cuidados, se recusava a voar se sentisse riscos e fazia parada. Ele quis ir nesse voo de teste porque era amigo do piloto [Carlos Isquerdo]”. Feldman disse que esteve com o empresário José Seripieri Júnior, dono do helicóptero, mas que ele ainda apura a causa do acidente. Há suspeita, não confirmada, de que uma das hélices tenha se soltado.

O empresário e apresentador de TV João Dória Jr. relatou que ficou consternado porque já havia realizado voos ao lado de Thomaz Alckmin, além de ter também usado o helicóptero acidentado. “Era uma aeronave moderna e muito segura. Já voei nela com o piloto que estava no comando e também já voei com o Thomaz”. “O governador está muito abatido, mas firme, assim como a dona Lu. Mas há que se ter força e altivez. O cardeal ajudou bastante a confortar. A oração foi um momento para estabilizar, de paz e serenidade”. Segundo ele, a filha mais velha de Thomaz, Isabela, chega ao país com a mãe por volta das 17 horas, em voo vindo da Noruega. Elas vão do Aeroporto de Guarulhos (SP) direto para o enterro em Pindamonhangaba.

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Políticos como o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) foram apenas ao enterro, no cemitério municipal de Pindamonhangaba. “Como pai de quatro filhos, o normal é o filho enterrar o pai. O contrário é muito triste. Avalio a sua profunda tristeza”, afirmou Maluf.

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