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Sob protestos, Adriana Ancelmo chega a seu apartamento no Leblon

Mulher do ex-governador Sergio Cabral (PMDB) cumprirá prisão domiciliar; medidas incluem proibição de sair, limitação a visitas e veto a internet e telefone

Por Da Redação
29 mar 2017, 21h02

A advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB), chegou na noite desta quarta-feira, por volta das 20h, ao seu apartamento no Leblon, na zona sul do Rio, onde passará a cumprir prisão domiciliar. A ex-primeira-dama do estado deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu), na zona oeste do Rio, conduzida pela Polícia Federal em um veículo identificado, escoltado por outro.

Tanto na saída da penitenciária, quando na chegada a seu apartamento, ela foi vaiada e ofendida por manifestantes. Acusada de integrar o esquema de corrupção liderado por seu marido, também preso, Adriana estava preventivamente em Bangu desde dezembro. Ela foi autorizada a cumprir prisão domiciliar com base em uma norma do Código de Processo Penal que permite a mudança de regime de mulheres que tenham filho de menos de 12 anos e estejam cumprindo prisão preventiva. Adriana tem dois filhos, de 11 e 14 anos.

A rua Aristides Espinola, onde fica o apartamento da ex-primeira-dama, tem desde o início da tarde uma grande concentração de jornalistas e curiosos. Havia cerca de 40 pessoas quando Adriana chegou – ela foi recepcionada aos gritos de “ladra” e “volta pra cadeia”. Algumas pessoas xingaram e jogaram garrafas plásticas na viatura policial.

O desempregado Edson Rosa, 47 anos, aguardava a chegada de da ex-primeira-dama com cartazes de protestos. Ele diz que costuma frequentar manifestações no Rio por não tolerar mais a corrupção: “Temos que mostrar nossa insatisfação”.

O porteiro do prédio de Adriana, que não se identificou, contou que, como a Justiça determinou que ninguém tenha acesso a internet ou telefone enquanto estiver dentro do imóvel de Adriana, uma caixa na entrada do prédio está sendo usada para que os quatro funcionários da família Cabral deixem seus celulares. Isso está ocorrendo há mais de três dias. Os filhos e familiares do casal também estão deixando seus aparelhos na portaria.

Na prisão domiciliar, Adriana não pode deixar o apagamento – a não ser em situação de emergência – e só pode receber parentes de até terceiro grau, seus advogados e empregados domésticos.  Ela não precisará usar tornozeleira nem terá a presença de policiais em casa ou nas imediações.

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Para outras mães

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que emitiu nesta quarta o alvará de soltura de Adriana, autorizou a mudança para a prisão domiciliar em 17 de março, mas a decisão foi suspensa pelo desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Na última sexta-feira, 24, a defesa da ex-primeira-dama conseguiu a manutenção da decisão de Bretas no Superior Tribunal de Justiça.

Bretas encaminhou também nesta quarta-feira um comunicado ao desembargador que derrubou sua decisão. “Reitero os termos da decisão (de 17 de março) esperando que a mesma, caso mantida, possa servir de exemplo a ser aplicado a muitas outras acusadas grávidas ou mães de crianças que delas dependem e que respondem, encarceradas, a ações penais em todo o território nacional”, escreveu no documento.

(Com Estadão Conteúdo)

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