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Republicanos e conservadores criticam política de deportações de Obama

Por Joe Raedle
15 jun 2012, 19h58

Republicanos e ativistas conservadores criticaram duramente nesta sexta-feira as mudanças na política de deportação anunciadas pelo governo de Barack Obama, que permitirão suspender temporariamente as expulsões de milhares de jovens.

O candidato republicano à presidência, Mitt Romney, criticou o que chamou de uma medida de “curto prazo” e que pode ser revertida.

“Acredito que a ação que o presidente tomou torna mais difícil chegar a esta solução, já que uma ordem executiva é uma ação de curto prazo”, disse Romney durante uma etapa de uma viagem eleitoral por vários estados.

“Esta ação pode ser revertida por presidentes posteriores”, advertiu Romney.

“O anúncio de hoje (sexta) do presidente Obama tem motivações políticas que não fazem nada para avançar o debate, mas, ao invés disso, causam confusão e incertezas”, reagiu o senador John McCain.

O ex-candidato presidencial republicano, derrotado por Obama em 2008, lembrou que em seu primeiro ano na Casa Branca o presidente democrata não propôs uma reforma migratória integral, como tinha prometido na campanha eleitoral.

Obama falou diante da imprensa na Casa Branca a McCain e outros legisladores, entre eles o ex-dirigente democrata Ted Kennedy, como artífices do Dream Act, no qual é inspirada a mudança da política de deportação do governo.

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Os Estados Unidos vão parar de deportar, sob certas condições, jovens ilegais que chegaram ao país com menos de 16 anos, em muitos casos, acompanhados de seus pais ou familiares.

O país “pode fazer coisas melhores que expulsar jovens inocentes”, disse Obama.

O Dream Act circula há mais de uma década no Congresso em diferentes versões, sem que até agora haja acordo legislativo.

A medida de Obama “é outro exemplo de seu escandaloso descaso por nossa Constituição, nosso Estado de Direito e nosso processo democrático”, acusou em outro comunicado o governador de Texas (sul), Rick Perry.

Outro defensor do Dream Act, o senador cubano-americano Marco Rubio, que estava elaborando uma nova versão desta lei, se mostrou mais comedido em suas críticas.

“O anúncio será bem-vindo para muitos desses jovens que buscam desesperadamente uma resposta, mas é uma resposta pequena para um problema de longo alcance”, disse Rubio em comunicado.

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Outro senador republicano, Lindsay Graham, que durante anos esteve associado aos debates em torno do Dream Act, acusou diretamente o presidente de tentar algo “possivelmente ilegal”.

“Esse tipo de propostas, encorajarão as pessoas a descumprir nossas leis”, disse Graham em um tweet.

O debate migratório causa grande controvérsia nos Estados Unidos e a Suprema Corte deve se pronunciar em breve sobre uma lei contra a imigração ilegal promulgada no estado do Arizona.

Durante o discurso de Obama na Casa Branca, um jornalista de um blog conservador chamado Daily Caller, Neil Munro, interrompeu o presidente e o desafiou a explicar como essa medida ia beneficiar os trabalhadores americanos.

Munro conseguiu irritar Obama, algo incomum. “Não pedi uma discussão”, reagiu o presidente.

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