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PT vence (escondido) na capital de seu último rincão, o Acre

Prefeito Marcus Alexandre é reeleito no primeiro turno em Rio Branco

Por Felipe Frazão Atualizado em 3 out 2016, 00h49 - Publicado em 2 out 2016, 19h25

A vitória do PT em Rio Branco garantiu a manutenção de seu último rincão eleitoral, o Acre, onde o partido governa de forma ininterrupta o Estado (desde 1998) e a capital (desde 2005). Em um dilúvio de derrotas para o PT em âmbito nacional, o desempenho no Acre garante o comando da máquina política e administrativa no Estado pelo menos até 2018 e na capital até 2020.

Apadrinhado político dos irmãos Jorge Viana (vice-presidente do Senado) e Tião Viana (governador do Estado), o prefeito Marcus Alexandre venceu no primeiro turno uma disputa contra mais três candidatos, sem nunca ter perdido a preferência do eleitorado.

Ele é engenheiro, natural de Ribeirão Preto (SP), e pelas mãos do clã Viana ascendeu na carreira política com cargos de confiança no governo estadual até disputar a prefeitura em 2012, um ano depois da filiação tardia ao PT, em setembro de 2011.

Houve na vitória um dado preocupante para o simbolismo do PT: Marcus Alexandre fez uma campanha totalmente dissociado do partido. A campanha do prefeito abandonou a cor vermelha – substituída pelo laranja – e não usou nem a sigla, nem a estrela do PT. Ele foi um dos prefeitos petistas que tentou desvincular a campanha local da derrocada nacional da legenda.

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Marcus Alexandre (PT), prefeito de Rio Branco (AC)
Só 13 – Legenda do PT colorida na camisa de Marcus Alexandre, prefeito de Rio Branco (AC) (Reprodução Facebook/VEJA)

Marcus Alexandre conseguiu blindar-se das investigações da Operação Lava-Jato, que tornaram réu o ex-presidente Lula, e do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Sempre favorito, ele não abordou esses assuntos (apesar de apelos do PT), ao contrário de outros candidatos das frentes de esquerda pelo país com menos chances de vencer. Dilma fora derrotada no Acre (e em Rio Branco) nos dois turnos da eleição presidencial de 2014: primeiro para Marina Silva, então no PSB, e depois para Aécio Neves (PSDB).

No programa de TV, exibiu apenas um depoimento do senador Jorge Viana e não levou ao ar participações do governador Tião Viana. O governador foi alvo de críticas da oposição, vindas principalmente da deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB), radialista e candidata a prefeita de estilo combativo. Ela não conseguiu, no entanto, atrair votos suficientes para reduzir a popularidade de Marcos Alexandre, que tentou passar a imagem de candidato “família” e “trabalhador”.

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Apoiada por antipetistas históricos como Tião Bocalom (DEM), ela fez a campanha com mais recursos – sendo 200.000 reais vindos do Diretório Nacional do PMDB. Eliane foi um projeto da direção nacional do partido e com apoio do presidente da República, Michel Temer. Marcus Alexandre, até este domingo, não havia declarado doações do PT nacional – apenas do 50.500 reais do diretório regional. Ele teve financiamento amplo entre subordinados com cargos comissionados, como secretários municipais, conforme revelou VEJA.

O petista também derrotou o vereador Raimundo Vaz (PR), que tinha como vice um tucano, e o candidato da Rede, Carlos Gomes, lançado na disputa pela ex-senadora e ex-ministra Marina Silva.

Os percentuais de votos válidos foram: Marcus Alexandre (PT) 54,87%, Eliane Sinhasique (PMDB) 32,02%, Carlos Gomes (Rede) 8,28% e Raimundo Vaz (PR) 4,84%.

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