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Preso tenente-coronel da Polícia Militar suspeito de tramar assassinato de juíza

Claudio Luiz de Oliveira, que comandava o batalhão de São Gonçalo, entregou-se de madrugada. Cabo acusado de matar Patrícia Acioli prestou depoimento e acusou o oficial de ser o mandante do crime

Por Da Redação
27 set 2011, 10h12

Se o comandante do batalhão tinha motivos para querer emperrar o trabalho da Justiça, será preciso descobrir também o grau de envolvimento dele em todas as ações criminosas que pesam sobre os policiais da unidade. A lista não é pequena

Para a Polícia Militar do Rio, o desfecho não poderia ser pior. O tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, que comandava o 7º Batalhão da PM fluminense, em São Gonçalo, está preso na carceragem do Batalhão de Choque desde a madrugada. Oliveira é, desde a segunda-feira, suspeito de ser o principal mandante da morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, assassinada com 21 tiros na noite de 11 de agosto em Niterói. Um dos cabos da PM presos sob a acusação de matar a magistrada prestou depoimento e apontou o tenente-coronel como mandante do crime.

Oliveira, que tinha sido transferido do 7º BPM (São Gonçalo) para o 22 º BPM (Maré), foi exonerado. Segundo o corregedor da PM, Ronaldo Menezes, ele se entregou por volta das 3h desta terça-feira, após ter sua prisão decretada na noite de segunda pela Vara Criminal de Niterói. À tarde, o ex-comandante prestará depoimento na Divisão de Homicídios (DH) e será levado para o presídio de Bangu 8.

De acordo com o jornal carioca Extra, a partir do depoimento de um cabo da PM ao juiz Peterson Barroso Simões, da 3ª Vara Criminal de Niterói, e ao Ministério Público, foi decretada a prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira. Também foram decretadas as prisões de outros cinco policiais do batalhão de São Gonçalo. A partir de agora, são nove os policiais militares presos sob suspeita de participar de alguma forma da morte de Patrícia Acioli.

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Foram decretadas as prisões dos policiais Charles de Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha, Jovanir Falcão Júnior e Júnior Cesar de Medeiros. Todos estavam lotados no Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7º BPM.

Os primeiros presos, acusados de executar o crime, foram o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sérgio Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda. Os três também integravam o Grupo de Ações Táticas e eram investigados por outro crime, o assassinato de Diego de Souza Beliene, de 18 anos, no Complexo do Salgueiro, um conjunto de favelas de São Gonçalo. Patrícia Acioli foi morta, segundo as investigações, porque o trio queria evitar que a juíza decretasse suas prisões.

Quando os três primeiros acusados foram presos, o comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte, e o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, respiraram aliviados, por considerarem que aquele passo da investigação separava as ‘frutas podres’ do resto da corporação. Se confirmadas as suspeitas de que o tenente-coronel Oliveira tramou a morte de Patrícia Acioli, vai ficar mais difícil sustentar a versão de que a contaminação da instituição está sob controle. Pior: se o comandante do batalhão tinha motivos para querer emperrar o trabalho da Justiça, será preciso descobrir também o grau de envolvimento dele em todas as ações criminosas que pesam sobre os policiais da unidade. A lista não é pequena.

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