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Prefeito de Coari (AM), preso por pedofilia, divide cela e tenta novo habeas corpus

Advogado de defesa avaliou o pedido de prisão como 'absurdo'; prefeito é acusado de abusar de menores com idade entre 14 e 15 anos

Por Da Redação
10 fev 2014, 08h42

O prefeito de Coari (AM), Adail Pinheiro, preso desde sábado em uma cela coletiva no Batalhão da Cavalaria da Polícia Militar, em Manaus, afirmou em nota nesta segunda-feira que seus advogados pretendem entrar com um com novo pedido de habeas corpus. A defesa classifica a prisão como “absurda”.

O advogado responsável pelo caso, Alberto Simonetti Neto, afirmou que depende do processo na íntegra para ingressar com o habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A previsão é de que os documentos sejam acessados pelo advogado ainda nesta segunda. O habeas corpus solicitará que Adail responda ao processo em liberdade. O advogado avaliou a prisão do prefeito como “incabível”.

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Este será o segundo pedido de habeas corpus da defesa de Adail. O primeiro, expedido no dia da prisão, no sábado, referia-se ao direito do prefeito de ser preso em quartel. O primeiro habeas corpus, porém, foi “desistido”, segundo o advogado. “Este documento foi dado em razão de um pedido que não tinha sido apreciado pelo desembargador, mas foi desistido”, afirmou Simonetti.

Atualmente, o prefeito divide uma cela coletiva com outros dois presidiários, segundo a Polícia Militar.

Denúncias contra o prefeito – Pinheiro é acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes em Coari. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Amazonas na última sexta-feira. O pedido de prisão para o prefeito e mais cinco pessoas suspeitas de envolvimento no caso foi cumprido na manhã de sábado.

Segundo a polícia, os suspeitos foram detidos em casa e não resistirão à prisão. Entre os detidos estão o secretário de Terras e Habitação, Francisco Orimar Torres de Oliveira, o chefe de gabinete da prefeitura de Coari, Eduardo Jorge de Oliveira Alves, Anselmo do Nascimento Santos, que seria motorista do prefeito, o assessor particular Elias do Nascimento Santos e a funcionária da Secretaria de Cultura do município, Alzenir Maia Cordeiro. O advogado dos cinco presos, Fabrício Parente, informou que pedirá cela especial para os três secretários detidos.

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Na Justiça do Amazonas, o prefeito possui três inquéritos policiais em andamento. Todos relacionados a crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes e favorecimento à prostituição. Ao todo, 56 processos contra Pinheiro estão ativos.

Justiça Federal – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência República, Maria do Rosário, solicitará ao Ministério Público Federal que os processos que envolvem acusações de envolvimento do prefeito de Coari, em casos de pedofilia, sejam transferidos da Justiça do Amazonas para a Justiça Federal. A transferência visa garantir celeridade ao processo. Houve denúncias de coação de testemunhas.

O prefeito também é acusado de usar dinheiro público e até um avião da prefeitura para realizar festas com menores. O avião, fretado com recursos do fundo municipal de saúde, deveria ser de uso exclusivo para o transporte de pacientes em estado grave de Coari para hospitais de Manaus. Pinheiro usava a aeronave para aliciar jovens e adolescentes, algumas com idade entre 14 e 15 anos, para participarem de encontros com ele. As meninas eram levadas de cidades no interior para Coari a bordo da aeronave.

(Com Estadão Conteúdo)

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