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Polícia indicia nove pessoas por tumulto no carnaval paulista

Nenhuma escola de samba será responsabilizada diretamente. Crimes vão de incitação a tumulto até incêndio em carros alegóricos

Por Renato Jakitas
21 mar 2012, 17h51

A polícia concluiu nesta quarta-feira o inquérito que investigou o tumulto no dia da apuração dos votos do desfile das escolas de samba de São Paulo, em fevereiro. O saldo depois de um mês de investigações é de nove pessoas indiciadas por crimes que vão desde supressão de documento até incêndio – o fogo danificou carros alegóricos da Tom Maior. Nenhuma escola de samba, entretanto, será responsabilizada diretamente. Isso porque, embora persista a suspeita de que uma ação orquestrada entre diversas agremiações pode ter motivado o episódio, não foram encontradas provas consistentes desse envolvimento.

“O que temos é a cena de todos se levantando juntos e iniciando a confusão e, daí para frente, cada um respondeu individualmente pelos seus crimes”, disse o delegado Luís Fernando Saab, da Delegacia Especializada no Atendimento ao Turista (Deatur), responsável pelas investigações. “A gente não conseguiu fazer a relação de uma ação coordenada entre as pessoas e as escolas. Mesmo porque, se realmente aconteceu, é uma coisa que eles conversaram anteriormente e se entenderam”.

Darci Silva, conhecido como Neguitão, presidente da Vai-Vai, e Edilson Casal, presidente da Pérola Negra, responderão por provocação de tumulto. Tiago Ciro Tadeu Farias, que invadiu a área de apuração e rasgou os envelopes com as notas, e Cauê Ferreira, foram responsabilizados por crime de supressão de documentos e danos ao patrimônio público. Alexandre Salomão e Washington Alessandro de Campos, o Adão, também serão indiciados por supressão de documentos.

Incêndio – Três integrantes da escola de samba Gaviões da Fiel foram identificados pela polícia como sendo os responsáveis pelo incêndio que danificou carros das Tom Maior. A polícia conseguiu encontrá-los cruzando as imagens divulgadas pela televisão no momento do incidente e depoimentos de testemunhas.

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“Algumas testemunhas deram, inclusive, detalhes das roupas que eles estavam vestidos no momento do incêndio”, afirmou Saad. “São roupas características, bem diferentes. Nós conseguimos, inclusive, encontrar essas peças nas casas dos suspeitos e as anexamos como prova. Um deles, por exemplo, estampou na camisa da Gaviões da Fiel uma bola amarela com o nome da academia de jiu-jitsu que ele frequentava. Isso foi determinante para o reconhecimento”.

Depois de concluído, o inquérito será encaminhado para o Ministério Público. O órgão vai decidir se apresenta ou não acusação contra os indiciados. As penas pelos crimes variam de 15 dias (incitar tumulto) até 6 anos (incêndio) de prisão.

Jurados – Na última segunda-feira, o MP informou que vai investigar uma possível fraude no processo realizado pela Liga das Escolas de Samba para escolher os jurados do Carnaval. O inquérito foi instaurado na última sexta-feira pelo promotor de Justiça Carlos Cardoso de Oliveira Junior, depois de uma representação noticiando irregularidades na seleção do júri. A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social enviou um ofício à Liga das Escolas de Samba solicitando uma série de documentos, incluindo o edital com as regras do concurso.

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