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Polícia fala em suicídio na campanha do PMDB de Porto Alegre

Corpo de Plínio Zalewski, coordenador da campanha de Sebastião Melo (PMDB), tinha corte profundo no pescoço e bilhete ensanguentado ao lado

Por Felipe Frazão Atualizado em 17 out 2016, 20h46 - Publicado em 17 out 2016, 19h49

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul tem como principal tese de investigação a possibilidade de o peemedebista Plínio Zalewski, de 53 anos, ter se suicidado neste domingo. O corpor dele foi encontrado na tarde desta segunda-feira. Ele era servidor público e coordenava o plano de governo da campanha do vice-prefeito de Porto Alegre (RS), Sebastião Melo, candidato à sucessão do prefeito José Fortunati. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apura o crime.

“O delegado [Paulo Grillo] disse que o quadro é compatível com suicídio por arma branca”, disse a VEJA o vereador eleito e advogado Wambert Di Lorenzo (PROS), amigo de Zalewski. “Ele foi degolado com um golpe de faca que atravessou o pescoço. Também encontraram um bilhete ilegível, banhado em sangue.”

O corpo de Plínio Zalewski estava em um banheiro pouco utilizado no andar térreo da sede do PMDB e foi encontrado por uma faxineira na tarde desta segunda-feira. O conselho político da campanha se reuniu entre 12h e 14h no primeiro andar e debateu se deveria usar as redes sociais para divulgar o sumiço dele. “Estávamos reunidos discutindo sobre consultar a família para desaparecimento e mal sabíamos que o corpo estava embaixo de nós. É muito comovente para todos nós”, disse Lorenzo.

O vereador contou que Zalewski era uma pessoa tranquila, mas andava nervoso. Eles haviam conversado na quinta-feira sobre ações judiciais movidas contra o peemedebista pela campanha adversária, do tucano Nelson Marchezan Jr – que lamentou a morte e suspendeu as atividades, à exemplo do PMDB. Zalewski publicava uma série de críticas a Marchezan Jr na internet e nas redes sociais. Ele relatou, conforme o vereador, que se sentia ameaçado e estava muito abalado por ter sido alvo de ataques virtuais a sua reputação e pela ação de hackers que teriam invadido os perfis e o e-mail pessoal dele. Um vídeo em especial o incomodava. Nele, um rapaz do canal Mamaefalei insinua que Zalewski não dava expediente e fazia campanha no horário de trabalho. O canal de vídeos no Youtube é parceiro do MBL, grupo que apoia a candidatura de Marchezan Jr.

Ex-petista, Zalewski havia trabalhado na prefeitura, no governo estadual e na Assembleia Legislativa, no gabinete do deputado Tiago Simon (PMDB), de onde foi exonerado no mês passado. Em 2012, tentou sem sucesso se eleger vereador. Ele deixa a mulher e três filhas. Emocionado, o vice-prefeito disse que a “memória de Plínio “nunca será esquecida”. “Nunca teve uma pessoa que quisesse tanto que eu fosse candidato a prefeito como ele. Eu lamento profundamente porque a política para mim sempre foi paz e eu vou continuar nesse caminho”, afirmou o candidato do PMDB.

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