PMN desiste da fusão com PPS

Mobilização Democrática nasceria como um novo partido de oposição ao governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional

Por Marcela Mattos SEGUIR SEGUINDO 29 jul 2013, 16h56

Roberto Freire, presidente nacional do PPS (Elton Bomfim/Agência Câmara/VEJA)

Com divergências pelo comando dos diretórios nos estados, o PMN desistiu da fusão com o PPS para criar o Mobilização Democrática (MD). O anúncio oficial foi feito durante convenção extraordinária do PMN, neste domingo.

“O PPS não quis abrir mão (do comando de diretórios estaduais). Houve muito desentendimento e má vontade de fazer com que a legenda desse certo”, afirmou a dirigente nacional do partido Thelma Zayra, citando os diretórios do Maranhão e da Paraíba como os principais pontos de disputa.

A formação do Mobilização Democrática foi anunciada em abril deste ano. A sigla surgiria como um partido de oposição à reeleição da presidente Dilma Rousseff nas próximas eleições e tentaria atrair o tucano José Serra para a disputa de 2014.

Também pesou na decisão a incerteza quanto ao direito da nova legenda ao fundo partidário e ao tempo de televisão e rádio proporcional ao tamanho de sua bancada de deputados. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda avalia o assunto. “Para o PPS, garantir o fundo partidário e o tempo de televisão eram prioridade. Já o PMN queria que a coisa avançasse, independentemente disso”, disse Thelma.

Por meio de nota, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, lamentou a decisão: “Reiteramos que a fusão entre os dois partidos representaria, em nosso entendimento, o surgimento de uma nova formação política que possibilitaria um maior protagonismo da oposição ao atual governo e revigoraria a própria democracia brasileira”, disse Freire. “A mobilização democrática do PPS não cessará e, ao contrário, se intensificará. O PPS segue seu caminho e permanece firme na luta por uma esquerda democrática forte e por uma oposição firme ao governo Lula-Dilma”, continuou.