Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PMDB já caiu duas vezes da presidência do Senado

Por Da Redação
31 jul 2009, 21h09

Se o maranhense José Sarney deixar a presidência do Senado nos próximos dias, o PMDB vai viver uma reprise. Será a terceira vez em oito anos que o partido é visto se afastando da cadeira azul projetada por Oscar Niemeyer, que parece elétrica para políticos acusados de corrupção, como aponta matéria de VEJA de 8 de julho de 2009.

Reportagem da revista de 14 de março de 2001 mostrava o início do suplício de Jader Barbalho, que duraria sete meses, como o de Renan Calheiros. O texto noticiava que um dos processos contra o senador por desfalque de 10 milhões de reais ao Banco do Pará (Banpará) havia desaparecido. E outro estava na gaveta do Banco Central fazia nove anos. A oposição pedia uma CPI para investigar o caso. Jader também era suspeito por conexões com fraudadores da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e acusado de liderar um esquema de corrupção no governo federal.

Com o fim de estancar sua sangria, o senador paraense pediu licença da presidência do Senado. Não adiantou. Mais tarde, buscando evitar uma possível cassação e a perda dos direitos políticos por dez anos, acabou renunciando ao cargo e também ao mandato. Com a decisão de se afastar da cadeira azul, Jader se tornou o primeiro presidente do Senado a renunciar à função nos então 175 anos de história da instituição.Reprodução

Eleito para seu segundo mandato à frente do Senado em fevereiro de 2007, o alagoano Renan renunciaria em dezembro. Seus problemas começaram quando estourou a denúncia de que ele utilizou um lobista para pagar pensão a uma filha fora do casamento – com a jornalista Mônica Veloso. A denúncia foi capa de VEJA (imagem ao lado), uma das quatro que o senador iria estampar.

Continua após a publicidade

O Conselho de Ética do Senado tentou salvar Renan, como mostrou matéria publicada em 20 de junho de 2007. Mas a ajuda não seria de grande valia: Renan já estava bastante encrencado. Capa da revista na semana seguinte relatava as razões pelas quais o senador deveria deixar a cadeira azul, como chantagens contra colegas e aquisição ilícita de dinheiro público.

Apesar de sua agonia pública, Renan teimava em permanecer à frente do Senado, como faz agora Sarney. Seus planos, porém, eram prejudicados por novas denúncias, como a de que ele havia usado laranjas e pagado 1,3 milhão de reais em dinheiro vivo para se tornar sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas. A denúncia foi capa de VEJA em 8 de agosto daquele ano e endossada na semana seguinte por reportagem com um usineiro envolvido no escândalo.

No final de agosto, o Conselho de Ética do Senado deu indício de que pediria a cassação do senador. Novas acusações contra Renan se somam, valendo ao alagoano uma capa de VEJA com a palavra “Vergonha”, mas o senador resiste a deixar a presidência do Senado, ameaçando petistas. Depois, na tentativa de intimidar rivais e salvar seu mandato, manda espionar adversários do PSDB e do DEM. As notícias repercutem mal para Renan, que acaba pedindo licença da cadeira azul, assim como fez Jader. Mais tarde, o senador renuncia ao cargo, mas tem o mandato salvo pelos companheiros de Senado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.