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PF prende servidor dos Correios com R$ 2,5 milhões na conta

Edson André Silva, conhecido como "Sukita", é um dos seis presos na Operação Mala Direta, da PF, que apura um esquema paralelo de postagens nos Correios

Por Da Redação 15 out 2016, 16h49

A Operação Mala Direta, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, prendeu o operador de empilhadeira Edson André Silva, conhecido como “Sukita”, sob suspeita de integrar a organização criminosa que montou um esquema paralelo de postagens nos Correios em São Paulo – o rombo estimado alcança 647 milhões de reais. A PF descobriu que “Sukita” ganha um salário mensal de cerca de 1.500 reais trabalhando nos Correios, mas em um período de dois anos movimentou 2,5 milhões de reais na conta. O operador de empilhadeira é um dos seis servidores capturados na operação, que mobilizou uma centena de policiais federais que cumpriram 19 mandados de buscas, três de condução coercitiva e nove de prisão temporária.

Silva tem  42 anos e concorreu a vereador no município de Francisco Morato, na Grande São Paulo. Ele teve 532 votos e não se elegeu. Três empresários também foram presos – um quarto está foragido. A Justiça Federal bloqueou 13 milhões de reais da organização.

“Um único empregado dos Correios, com salário de aproximadamente 1.500 reais, movimentou no período de dois anos a quantia de 2,5 milhões de reais em sua conta bancária”, informou o delegado Alberto Ferreira Neto, que integra a força-tarefa da PF na Mala Direta, referindo-se a Edson “Sukita”.

“Esse funcionário, com quase dez anos de Correios, lidava diretamente com os empresários”, destacou Ferreira Neto. “Quando pegamos os salários desses empregados e verificamos o padrão de vida deles constatamos a total incompatibilidade com o patrimônio. Esse funcionário que movimentou 2,5 milhões de reais não fez nenhuma declaração ao Imposto de Renda. Os rendimentos desse empregado de aproximadamente 1.500 reais chamaram muito a atenção.”

“Sukita” não declarou o dinheiro à Justiça eleitoral quando registrou sua candidatura a vereador pelo PMDB. Ele informou apenas um patrimônio de 334.000 reais, dividido entre a posse de um Honda CRV, avaliado em 94.000 reais, e uma casa de 240.000 reais. A PF apreendeu duas carretas e dois semi-reboques com o funcionário dos Correios, que estava investindo na constituição de uma empresa de transportes.

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A PF iniciou a investigação há cerca de dois anos, sob comando dos delegados Thiago Borelli Thomaz e Alberto Ferreira Neto, ambos da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários.

(com Estadão Conteúdo)

 

 

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