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PF fecha o cerco contra ‘prefeita ostentação’ foragida há 1 mês

Investigadores identificam responsáveis por ajudar a Lidiane Rocha a se esconder. Delegado acredita que ela continua no Maranhão e que capturá-la é 'questão de tempo'

Por Talyta Vespa
21 set 2015, 08h04

Acostumada a compartilhar detalhes de sua vida luxuosa com seguidores, a ex-prefeita da pequena cidade de Bom Jardim (MA), Lidiane Rocha (PP), desapareceu não apenas das redes sociais – há exato um mês, a ‘prefeita ostentação’ do miserável município maranhense se esconde da polícia. Suspeita de fraudes em licitação e desvio de recursos de merenda escolar, Lidiane foi vista pela última vez em 19 de agosto, um dia antes da Polícia Federal deflagrar a operação que levou para a cadeia dois de seus ex-secretários, Antônio Gomes da Silva (Agricultura) e Humberto Dantas dos Santos (Coordenação Política), ex-namorado da prefeita. Também alvo de um mandado de prisão, ela é considerada foragida desde o dia 20 daquele mês. Mas não por muito tempo, acredita o delegado federal responsável pelo caso, Ronildo Rebeldo Lages da Silveira. Segundo ele, a investigação já identificou as pessoas que têm ajudado Lidiane a se esconder. E detectar seu paradeiro é “uma questão de tempo”.

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Embora os investigadores ainda não tenham conseguido descobrir onde está Lidiane, Silveira afirma que a PF esteja cada vez mais perto de capturar a ex-prefeita. Os investigadores acreditam que ela continua no Maranhão. “Ela está aqui, provavelmente em um município pequeno, impossível de chegar de carro”, diz o delegado. Ao longo deste mês as buscas ganharam o reforço da Polícia Civil do estado. “Eles têm uma delegacia em cada cidade, mesmo nas menores, e estão engajados. Agora, é uma questão de tempo prender Lidiane”, acredita Silveira. Para capturar a ex-prefeita, a PF foca as investigações naqueles que a estão ajudando a se manter escondida. Os integrantes da rede de apoio a Lidiane já foram identificados, afirma o delegado. É a partir deles que a corporação acredita que identificará o esconderijo da política.

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Vaidosa, Lidiane, de 25 anos, exibia nas redes sociais imagens de uma vida de alto padrão em uma cidade de 40.000 habitantes à beira da miséria, com um dos menores IDHs do Brasil. Ela candidatou-se ao cargo pela coligação “A esperança do povo”. Ela é investigada por desvios de recursos da educação municipal e fraude à licitação que podem alcançar 15 milhões de reais.

Silveira afirma que 300.000 reais foram desviados de apenas um contrato com agricultores. “Ao invés de repassarem os alimentos produzidos e receberem recursos financeiros – como era previsto no contrato -, os agricultores não entregavam as produções à prefeitura, por ordem de Lidiane. Para que ficassem calados, recebiam uma pequena quantia”, explicou o delegado. “No entanto, esses trabalhadores não concordaram com a prática e foram à polícia. Foi aí que as investigações começaram”. O ex-namorado de Lidiane afirma desconhecer o paradeiro da ex-prefeita. O inquérito sobre o caso foi finalizado e será encaminhado à Justiça nos próximos dias.

Lidiane teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores de Bom Jesus em 5 de setembro. Ela consta também na lista de pessoas que não podem deixar o país – o Sistema Nacional de Procurados e Impedidos (Sinpi), da Polícia Federal. A corporação deu início a outras investigações contra a ex-prefeita, desta vez por desvio de verbas recebidas pelo Governo Federal destinadas à construção de escolas. Segundo o delegado, quando foi vista pela última vez, nas proximidades de São Luis, capital do Maranhão, Lidiane já estava em fuga. Ela teria decidido escapar diante da repercussão dos escândalos na imprensa local.

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