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PF faz operação contra quadrilha comandada por Beira-Mar

Operação deflagrada nesta quarta-feira prendeu um dos homens fortes do traficante e seu filho; PF descobriu que comunicação era feita por bilhetes

Por Da redação
24 Maio 2017, 09h28

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a Operação Epístolas para desmantelar a quadrilha comandada pelo traficante Fernandinho Beira-Mar, preso desde 2006, no presídio federal de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia. Segundo a PF, a quadrilha movimentou valores superiores a 9 milhões de reais e, além do tráfico de drogas, atuava também no ramo de lavagem de dinheiro. As ordens eram dadas por Beira-mar por meio de bilhetes. O filho do criminoso e um de seus homens de confiança foram presos nesta manhã.

Agentes da PF cumprem 22 mandados de prisão preventiva, 13 de prisão temporária, 27 de condução coercitiva, 85 de busca e apreensão, além medidas cautelares, incluindo-se o bloqueio de valores que somados chegam a 9 milhões de reais depositados em 51 contas bancárias e suspensão de atividades comerciais de nove empresas. As medidas foram autorizadas pela 3ª Vara Federal e estão sendo cumpridas em Rondônia, Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

A quadrilha liderada por Beira-Mar atuava principalmente na favela Beira-Mar, no Parque das Missões e no Parque Boavista, localizadas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As penas do traficante, somadas, chegam a quase 320 anos de prisão por homicídio, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início há cerca de um ano após a apreensão de um bilhete picotado em uma marmita, encontrado por agentes penitenciários. Após a reconstituição e exame grafotécnico, atestou-se ter sido escrito por Beira-Mar – o bilhete passava ordens a outros integrantes do grupo que se encontravam em liberdade.

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Após o primeiro indício das ordens de Beira-Mar foram apreendidos cerca de cinquenta bilhetes redigidos ou endereçados ao interno que eram entregues com a ajuda de um comparsa. Não há indícios, ao longo de toda a investigação, de participação ou facilitação por parte dos agentes penitenciários ou demais servidores públicos envolvidos.

Lavagem de dinheiro

Para tentar comprovar a origem dos rendimentos, foi montado um forte esquema de lavagem de dinheiro com empresas de fachada e estabelecimentos comerciais, sobretudo casas de shows, bares e serviços imobiliários. A PF acredita que os bens pertencentes ao grupo cheguem a 30 milhões de reais.

Os presos preventivamente em outros Estados serão levados para Rondônia, sendo determinada a transferência imediata do Beira-mar e do comparsa responsável pela saída e entrada dos bilhetes para outra unidade de segurança máxima e a inclusão emergencial de alguns integrantes presos nesta terça na Penitenciária Federal de Porto Velho, como forma de desarticular a organização criminosa.

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