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Pequim ordena que imprensa difunda versão oficial sobre choque de trens

Por Str
26 jul 2011, 11h01

O governo chinês ordenou aos meios de comunicação que se limitem a difundir a versão oficial sobre o choque entre dois trens em Wenzhou (leste), indicou nesta terça-feira o China Digital Times, um site com sede nos Estados Unidos.

A catástrofe ferroviária de Wenzhou causou a morte de 39 pessoas, segundo nova estimativa difundida pela agência Nova China.

Os meios de comunicação tiveram que “usar a informação difundida pelas autoridades e não realizar entrevistas independentes”, segundo um documento oficial do departamento de Propaganda citado pelo China Digital Times.

No entanto, a imprensa chinesa continuava difundindo informações e pontos de vista independentes.

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“Cresce a revolta ante a falta de respostas depois do acidente”, indica o jornal em inglês Global Times.

Também se especula sobre a possível intenção das autoridades de manipular a investigação do ocorrido.

A catástrofe de Wenzhou alimenta as dúvidas sobre a segurança dos trens de alta velocidade na China, que nos últimos anos se desenvolveram rapidamente.

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O trem se chocou com outra composição que estava parada, por falta de corrente elétrica devido a um apagão causado por um raio, informou a agência Nova China na ocasião.

O choque provocou o descarrilamento do trem parado sobre um viaduto e dois de seus vagões caíram do alto, na cidade de Wenzhou, na província de Zhejiang (leste).

O trem parado sobre o viaduto realizava o trajeto entre Hangzhou e Wenzhou.

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Fotos postadas em sites chineses e em microblogs mostram vagões pendurados a uma altura de 20 metros.

As fotos mostravam ainda pessoas sendo carregadas. Segundo a agência de notícias chinesa, a capacidade de cada trem era de 100 pessoas.

A China está investindo bilhões de dólares na construção de malha ferroviária.

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Recentemente, no dia 30 de junho, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, inaugurou oficialmente uma linha de alta velocidade, com custo avaliado em 33 bilhões de dólares, entre Pequim e Xangai, que reduziu o tempo de viagem entre as duas cidades para menos de cinco horas.

Temendo perder clientes, algumas companhias aéreas diminuíram os preços em até 65%, o que faz com que viajar em avião agora seja mais barato que viajar de trem, segundo a imprensa chinesa.

O novo percurso foi inaugurado no dia 1º de julho para celebrar o 90º aniversário do Partido Comunista da China e esperava-se que 80 milhões de passageiros passassem a utilizar por ano a nova linha ferroviária.

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Contudo, a nova linha Pequim-Xangai tem sofrido problemas causados por falta de energia e tem sido criticada pela imprensa chinesa.

Além disso, os grandes investimentos transformaram o setor em foco de corrupção. Segundo uma auditoria estatal, pessoas ligadas à direção das construtoras desviaram no ano passado 187 milhões de iuanes (29 milhões de dólares) na linha projetada entre Pequim e Xangai.

Em abril de 2008, 72 pessoas foram mortas e mais de 400 ficaram feridas quando um trem descarrilou e foi atingido por um segundo trem na província de Shandong.

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