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Padrasto acusado de matar o menino Joaquim é preso na Espanha

Guilherme Raymo Longo, que pode pegar até 30 anos de prisão, foi detido pela Interpol em Barcelona; ele teria fugido do Brasil usando documentos falsos

Por Da redação
Atualizado em 5 Maio 2017, 18h26 - Publicado em 27 abr 2017, 13h07

Um dos criminosos mais procurados do Estado de São Paulo foi preso na manhã desta quinta-feira em Barcelona, na Espanha, pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Guilherme Raymo Longo é acusado de matar seu enteado, o menino Joaquim Ponte Marques, 3 anos, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

O crime, que aconteceu em novembro de 2013, teve grande repercussão e o padrasto e a mãe da criança, a psicóloga Natália Ponte, chegaram a ser presos. Entretanto, Longo conseguiu, em 2016, a liberdade provisória e desapareceu. Segundo o promotor Marcos Túlio Nicolino, após a fuga, que durou sete meses, ele teria ficado um tempo escondido na Grande São Paulo.

Depois, ele teria saído do Brasil, via Paraguai, usando documentos falsos e o passaporte de um primo que reside em Florianópolis (SC). Mas investigações apontaram sua fuga para a Espanha. “Fizemos um pedido formal para que seu nome fosse incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, e ele passou a ser monitorado na Espanha”, contou o promotor.

O pai biológico do menino, Arthur Paes, passou a fazer campanha para localizar o assassino do filho, a ponto de instalar outdoors na região de Ribeirão. Já a Secretaria de Segurança Pública (SSP) oferecia recompensa de até 50 mil reais a quem desse informações sobre Longo.

Longo está em uma carceragem e será mandado de volta ao Brasil até sábado. Ele vinha sendo monitorado a pedido de autoridades brasileiras e foi localizado na casa de um amigo.  Denunciado por homicídio triplamente qualificado, sua pena pode chegar a 30 anos de prisão. Ao chegar ao Brasil, ele será encaminhado ao presídio de Tremembé, no interior paulista, onde deverá aguardar pelo julgamento, ainda sem data definida.

Histórico

Segundo as investigações, Joaquim foi vítima de uma dose excessiva de insulina, aplicada pelo padrasto. Seu corpo foi jogado no rio, perto de sua casa em Ribeirão. O acusado inicialmente negava o crime, mas depois confirmou à uma emissora de TV. Em seguida desmentiu e alegou ter inventado a história porque teria ganhado dinheiro para conceder a entrevista. Entretanto, em outra reviravolta antes da fuga, deixou uma carta na qual novamente deu a entender que teria matado o enteado.

O Ministério Público do Estado de São Paulo confirmou a prisão que teria ocorrido em Barcelona, na Espanha, mas aguarda detalhes de como se deu e quando o procurado será mandado de volta ao Brasil. Ainda não se sabe como Longo conseguiu deixar o país mesmo estando nas listas de foragidos da Justiça.

Caso menino Joaquim

Reprodução de imagem de site de relacionamento do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, que estava desaparecido desde a última terça-feira (5). Ele foi encontrado morto no início da tarde deste domingo (10). A mãe e o padrasto foram presos após terem a prisão temporária decretada pela Justiça
Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, (Reprodução/MB/Futura Press/VEJA)

Em novembro 2013, Longo matou o enteado com uma superdosagem de insulina, de acordo com o MP. Joaquim era diabético e dependia da medicação. Após a morte do menino, o padrasto jogou o corpo no córrego Tanquinho, localizado a cerca de 200 metros de onde moravam e, de lá, ele teria sido levado pela correnteza até o rio Pardo, em Barretos, interior paulista.

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Exames feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) descartaram que o menino tenha morrido afogado, já que não havia água em seus pulmões. Natália Ponte, mãe do garoto, foi denunciada por omissão e chegou a ser presa.

Em setembro de 2016, Longo confessou o assassinato do garoto em entrevista à TV Record. Durante a entrevista, Longo afirma que “não raciocinou direito” e acabou “fazendo besteira”. Ele diz que jogou o corpo do menino no rio. Segundo o padrasto, Joaquim foi morto por estrangulamento e não devido a superdosagem de insulina.

“Comprimi a lateral do pescoço dele para que ele desmaiasse sem dor. Foi rápido. Foi coisa de dois, três segundos, aí ele desmaiou. Eu segurei ele por mais algum período de tempo até ele não esboçar mais reação”.

Ele treinava jiu-jitsu e, portanto, tinha conhecimento das técnicas. Longo, que estava em liberdade provisória desde fevereiro de 2016, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

(Com Estadão Conteúdo)

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