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Operação da Polícia Federal mira pedófilos em 14 estados

Mais de 350 agentes estão envolvidos em investigação contra rede que produz e compartilha pornografia infantil; entre os detidos, há médicos e professores

Por Da redação
Atualizado em 25 jul 2017, 14h27 - Publicado em 25 jul 2017, 07h49

Cerca de 350 agentes da Polícia Federal estão cumprindo nesta terça-feira três mandados de prisão preventiva, dois de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor) e 71 de  busca e apreensão em 51 municípios de 14 estados para desbaratar uma rede de exploração sexual de crianças e compartilhamento de pornografia infantil na internet.

A ação, considerada a segunda fase da Operação Glasnost, atinge os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe. A primeira fase da investigação foi deflagrada em novembro de 2013, quando foram cumpridos 80 mandados de busca e realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil. Foram ainda identificados e presos diversos abusadores sexuais. Vítimas com idades entre 5 e 9 anos foram resgatadas.

O nome da operação  é uma referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores da Rússia para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.

A investigação teve como base o monitoramento de um site russo utilizado como uma espécie de “ponto de encontro” de pedófilos do mundo todo e resultou na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.

Os investigados produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.

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Anteriormente à deflagração da segunda fase da operação, foram cumpridas medidas urgentes nas cidades de Osasco (SP), Presidente Prudente (SP), Porto Alegre (RS), Vila Velha (ES), Jundiaí (SP), Praia Grande (SP), Campo Grande (MS) e Cachoeira do Itapemirim (ES), tendo em vista a identificação de casos concretos de abusos sexuais contra crianças.

Início

Segundo o delegado Flávio Augusto Palma Settias investigações começaram em 2010 com a prisão de um estudante de medicina que, durante o interrogatório, mencionou a existência do site russo. A PF fez um levantamento sobre o que estava sendo compartilhado e três anos depois, em 2013, deflagrou a primeira fase da operação.

De acordo com Setti, o monitoramento continuou por anos. Depois das primeiras prisões, muitos outros nomes surgiram, o que culminou na segunda fase da Glasnost. “Foram identificados centenas de usuários que não tinham aparecido na primeira fase.”

Segundo o delegado, também foram identificados criminosos de toda parte do mundo. “Identificamos americanos, franceses, russos, [pessoas] de vários locais diferentes”. Essas informações foram encaminhadas aos respectivos países, além de comunicada à Interpol (polícia internacional).

Para ele, “não há perfil [de abusadores sexuais]”. “Foram presos estudantes com 19, 20 anos de idade e um homem de 80 anos que mal conseguia respirar, sair da cama. Foi preso em flagrante. Foram detidos professores, médicos, pessoas simples, com condições precárias e pessoas com condições favoráveis, além de funcionários do alto escalão de determinados órgãos.”

(Com Estadão Conteúdo)

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