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Odebrecht relata repasse de R$ 23 milhões para campanha de Serra

Em negociação de delação premiada, executivos narram pagamentos no Brasil e no exterior em favor do tucano na forma de caixa dois, segundo jornal

Por Da redação
7 ago 2016, 13h52

Executivos da Odebrecht disseram em negociação de delação premiada que a empreiteira passou 23 milhões de reais à campanha de José Serra (PSDB-SP) em 2010 sob a forma de caixa 2. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a afirmação foi feita a procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato. Os funcionários da empresa negociam acordo para terem reduzidas eventuais penas decorrentes dos processos. Segundo os relatos, a campanha à presidência do atual ministro das Relações Exteriores teria recebido os valores no Brasil e em contas no exterior.

De acordo com os delatores, a negociação das doações foi feita junto à direção nacional do PSDB. Os executivos disseram que podem apresentar comprovantes de depósitos. Ainda segundo o jornal, eles pretendem revelar que houve pagamento de propina a intermediários do ministro no período em que Serra foi governador de São Paulo (2007 a 2010). Os pagamentos teriam relação com as obras do trecho sul do Rodoanel.

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Em nota à Folha, José Serra afirmou que sua campanha à presidência “foi conduzida na forma da lei e, no que diz respeito às finanças, era de responsabilidade do partido”. De acordo com a prestação de contas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Odebrecht doou 2,4 milhões de reais ao comitê de campanha presidencial. Sobre o Rodoanel, Serra classificou de “absurdas” as acusações, pois a Odebrecht não participava do trecho em questão quando ele assumiu o governo do Estado.

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Temer – presidente em exercício, Michel Temer, também foi citado nas negociações de delação premiada de executivos da Odebrecht, conforme revelou VEJA desta semana. No trecho a que a reportagem teve acesso consta a informação de que em maio de 2014 houve um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República. Nele, estavam o então vice-presidente e o então deputado Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil. Do lado da empreiteira, Marcelo Odebrecht. Segundo os termos do anexo, Temer pediu “apoio financeiro” ao empresário. Marcelo Odebrecht, um campeão em contratos com o governo federal e um financiador generoso de políticos e campanhas eleitorais, prometeu colaborar. A reunião resultou na doação de R$ 10 milhões em dinheiro vivo.

Dilma – Em outra delação explosiva, o marqueteiro João Santana prometeu ao Ministério Público revelar um arsenal de informações que, como admitiu, vai “destruir” a biografia da presidente afastada, Dilma Rousseff. Segundo o marqueteiro, Dilma não só sabia do que acontecia nos bastidores clandestinos de suas finanças eleitorais, como teria participado ativamente do jogo. Santana foi preso em desdobramento da Operação Lava Jato e negocia acordo de delação premiada. Em negociação de acordo de colaboração com a Justiça, Santana relatou também aos procuradores que houve dinheiro ilegal na campanha de reeleição de Lula, em 2006, e na primeira eleição de Dilma Rousseff, em 2010.

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