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Lava Jato mira pessoas ligadas a senadores do PMDB e PT

Nessa nova fase, denominada Operação Satélites, a PF investiga alvos ligados a Renan Calheiros, Eunício de Oliveira, Humberto Costa e Valdir Raupp

Por Da redação
Atualizado em 21 mar 2017, 16h34 - Publicado em 21 mar 2017, 09h16

Uma nova etapa da Operação Lava Jato está em andamento na manhã desta terça-feira. Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), essa fase, denominada Operação Satélites, prevê catorze mandados de busca e apreensão em treze endereços em cinco estados: Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal.

Os alvos desta etapa não são políticos, mas pessoas ligadas aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Esta fase é a primeira com base na delação de executivos da empreiteira Odebrecht, ainda sob análise do ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo. Segundo a nota da Polícia Federal, “o objetivo é investigar indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.”

Em Pernambuco, um dos alvos é Mário Barbosa Beltrão, empresário ligado a Humberto Costa. O material apreendido na residência do empresário deve ser levado para análise em Brasília. Segundo a delação premiada do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Beltrão seria o operador de propinas do petista.

Na ocasião, o senador informou, em nota, que “todas as doações de campanha que recebi na minha candidatura ao Senado em 2010 foram feitas de forma legal, transparente, devidamente declaradas e registradas em minha prestação de contas à Justiça Eleitoral”. Ele também negou que tivesse qualquer relação com o delator Costa.

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Procurado nesta terça-feira por VEJA, Costa afirmou, em nota, que “está certo de que a ação de hoje vai corroborar a apuração realizada até agora, que aponta para o teor infundado da acusação e da inexistência de qualquer elemento que desabone a sua vida pública”. Costa ressalta, também, que “sempre esteve e continua à disposição para quaisquer informações adicionais de que necessitarem a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.”

Em nota, a defesa de Eunício diz que “o senador tem a convicção que a verdade dos fatos prevalecerá” e que o parlamentar “autorizou que fossem solicitadas doações, na forma da lei, à sua campanha ao governo do Estado do Ceará”, em 2014.

A assessoria de Renan Calheiros informou que ninguém que trabalha com o senador, em Alagoas ou Brasília, é alvo da Operação. O senador Valdir Raupp ainda não emitiu nenhum comentário. O advogado de Mário Barbosa Beltrão ainda não foi encontrado.

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Outra fase da operação que ocorreu em Pernambuco foi a 33ª etapa, batizada como Resta Um, que mirou a construtora Queiroz Galvão e os executivos Idelfonso Collares Filho e Othon Zanoide Filho. Esta investigação dizia respeito à supostos desvios em obras, executadas pela construtora, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na Refinaria Abreu e Lima, no litoral sul de Pernambuco, e em diversas outras refinarias, como a do Vale do Paraíba, Landulpho Alves e de Duque de Caxias.

(Com Estadão Conteúdo)

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