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Nestor Cerveró é investigado em desvios no ‘tribunal’ da Receita

Operação Zelotes, da Polícia Federal, desvendo esquema criminoso para fraudar análise de multas no Conselho de Administração de Recursos Fiscais

Por Da Redação
28 mar 2015, 08h50

O envolvimento do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró com o grupo acusado de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), espécie de tribunal que julga recursos de grandes contribuintes em débito com a Receita Federal, é investigado na Operação Zelotes, que desarticulou o esquema de corrupção no órgão do Ministério da Fazenda. O prejuízo pode checar a 19 bilhões de reais, quantia superior aos desvios do petrolão

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Os investigadores suspeitam que Cerveró atuou perante advogados e conselheiros investigados como representante de fornecedores da estatal endividados com a Receita. O ex-diretor da Petrobras também é alvo da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na petroleira. Ele está preso, acusado de cobrar propina de empreiteiras em troca de contratos na diretoria que comandava.

Uma das evidências colhidas na Operação Zelotes são e-mails trocados entre advogados e empresários com Edison Pereira Rodrigues, apontado pelos investigadores como um dos mentores do esquema. Ele presidiu o 1º Conselho de Contribuintes – órgão que antecedeu ao Carf – e deixou as funções em 2005.

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Cerveró aparece como destinatário de algumas dessas mensagens, de 2010, quando era diretor da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Os responsáveis pela Zelotes estão em contato com a força-tarefa encarregada da Lava Jato para aprofundar as investigações sobre a ligação do ex-diretor com o esquema.

Edison Rodrigues é descrito como um gênio na área tributária e atuaria em parceria com a filha, Meigan Sack Rodrigues, conselheira do Carf e dona de um escritório. Rodrigues seria procurado pelas grandes empresas por causa das relações que mantém no órgão e de seu amplo conhecimento.

Procurado, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, disse que a suspeita de envolvimento de seu cliente em fraudes no Carf não passa de uma “ilação fantasiosa”, despida de elementos probatórios. Ele afirmou que não pode se pronunciar com base em “hipóteses”, mas adiantou que falará com o ex-diretor a respeito, em visita marcada para a próxima semana no Complexo Médico Penal em Curitiba.

O escritório Sack Rodrigues também foi contato nesta sexta-feira, mas a atendente, que não se identificou, disse que tanto conselheira do Carf Meigan Sack Rodrigues quanto o pai, Edison Rodrigues, estavam viajando.

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Arte Carf
Arte Carf (VEJA)

(Com Estadão Conteúdo)

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