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Não imite a Dilma: conte a verdade no currículo

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jul 2009, 17h44

Pós-graduação, mestrado, doutorado e experiência internacional. Títulos que causam boa impressão ao serem anunciados em um currículo, mas que podem acabar com qualquer credibilidade se não forem verdadeiros. Recentemente, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o neto do presidente do Senado, José Sarney, José Adriano Cordeiro Sarney, foram personagens de situações constrangedoras.

Em seu currículo no site da Casa Civil, Dilma dizia ter feito mestrado e doutorado. Já Amorim, afirmava ter completado doutorado em ciências políticas/relações internacionais pela London School of Economics (LSE). Já o neto de Sarney soltou nota garantindo ter qualificações suficientes para não precisar da influência do avô. Segundo o próprio José Adriano, ele fez pós-graduação em Harvard. As informações, porém, não estavam de acordo com a verdade.

O hábito de exaltar competências em currículos não se restringe ao mundo da política. De acordo com especialistas consultados por VEJA.com, afirmar ter completado um curso inacabado e aumentar o grau de formação estão entre as trapaças mais comuns realizadas por pessoas que buscam um emprego. “Uma coisa é dar destaque para o que de fato você fez, outra é incluir algo que você não fez”, diz Marcelo Abrileri, presidente do site Curriculum.com.br.

Segundo Abrileri, na maioria dos casos, a empresa não costuma checar os dados e alguns candidatos se aproveitam dessa atitude para tirar vantagem. O problema começa, é claro, quando a verdade é descoberta. “A consequência é desastrosa. Uma mentira lança dúvida sobre as demais informações acerca daquele profissional”, diz.

“O objetivo de quem mente é encantar o entrevistador. Mas, com certeza, ao adotar uma postura não ética, o candidato vai causar uma imagem negativa e pode perder a oportunidade naquela empresa”, completa Lizete Araújo, vice-presidente de planejamento da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional). “Currículo é um documento, um registro. Você não pode mentir ali.”

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Mentiras mais comuns dos currículos

Mentiras mais comuns dos currículos

Trapaças mais utilizadas por quem procura um emprego

Tabela
Tabela
Curso inacabado: o candidato jura ter terminado
Formação: pós, MBA e doutorado são mentiras comuns
Idioma estrangeiro: o candidato diz ser fluente, mas na verdade só fala o básico
  • CV turbinado: supervalorização de experiências anteriores
Experiência internacional

Fontes: Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br ; Daniella Correa, consultora de RH da Catho Online e Lizete Araújo, vice-presidente de Planejamento da Associação Brasileira de Recursos Humanos

Artimanhas aceitas – Se, por um lado, as mentiras são condenadas, por outro, omitir informações é uma prática aceitável, segundo a consultora de RH da Catho Online Daniela Correa. “Orientamos os candidatos a não inserir no currículo informações que possam causar um pré-conceito, como motivo de demissão do emprego anterior, faculdade trancada e idade”, explica. “Isso funciona para evitar a primeira barreira e dá a chance de depois conversar com o recrutador a respeito daqueles temas”, acrescenta.

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Outra dica é ressaltar participações em projetos de visibilidade e colocar cursos relacionados à área da vaga almejada. “Se a pessoa quer ser secretária, não deve dizer que fez um curso de culinária – mas um treinamento em Word. Se ela quiser ser cozinheira, informa o curso de culinária”, exemplifica Abrileri.

Dicas para uma boa apresentação

Dicas para uma boa apresentação

Tabela
Tabela
Objetividade: informe apenas as experiências relevantes para o cargo almejado
Idioma: evite erros gramaticais
Verdade, só a verdade: não invente informações
  • Adequação: não envie o currículo se você não se adequa à vaga
Relevância: ressalte sua participação em projetos importantes

Fontes: Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br ; Daniella Correa, consultora de RH da Catho Online e Lizete Araújo, vice-presidente de Planejamento da Associação Brasileira de Recursos Humanos

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