Na briga entre PF e MP, os corruptos agradecem
PF concluiu que diálogos entre Sérgio Machado, Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, por si só, não provavam nada contra os políticos
Em maio do ano passado, uma bomba explodiu em Brasília. O ex-senador Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, fechou um acordo de colaboração com o Ministério Público Federal e entregou gravações de antigos parceiros conversando sobre as estratégias para frear a Operação Lava-Jato. Com os áudios, o procurador-geral Rodrigo Janot acusou os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney de tentar obstruir a Justiça e ainda pediu a prisão dos três. Jucá, então ministro do Planejamento, foi demitido do cargo numa época em que acusações desta natureza ainda causavam constrangimento ao governo de Michel Temer. Ele aparecia nas conversas com o delator dizendo que era preciso “estancar a sangria” da Lava-Jato. Um ano depois, a Polícia Federal concluiu que os diálogos, por si só, não provavam nada contra os políticos. “As conversas estabelecidas entre Sérgio Machado e seus interlocutores limitaram-se à esfera pré-executória, ou seja, não passaram de meras cogitações”, concluiu a PF. Acendeu-se o pavio de uma segunda bomba, desta vez bem mais destruidora.
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