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Mariana Godoy ironiza baixaria em debate em BH: ‘Alto nível’

Debate entre os candidatos à Prefeitura de BH tem acusações mútuas entre João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS)

Por Gabriela Terenzi Atualizado em 22 out 2016, 00h26 - Publicado em 21 out 2016, 23h04

O debate entre os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte nesta sexta (20) começou com acusações mútuas entre os candidatos João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS), com falas agressivas vindas dos dois lados. A plateia no estúdio da RedeTV reagiu aos insultos e provocações com vaias e aplausos, apesar das repreensões das jornalistas Mariana Godoy e Amanda Klein.

A temperatura estava tão alta no primeiro bloco do programa que Godoy chegou a ironizar os candidatos: “Gostaria de avisar que o nosso debate chegou aos tópicos mais comentados de uma rede social. Com certeza devido ao alto nível dessa conversa”.

A lista de acusações e insultos foi extensa. O tucano questionou Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, sobre sua dívida de 100 mil reais em IPTU para o município e sobre os 50 milhões de reais que sua empresa recebeu em contratos com a prefeitura de Marcio Lacerda (PSB), atual prefeito.

O candidato do PHS rebateu com fala sobre o loteamento político da secretaria de saúde de Belo Horizonte pelo PSDB: disse que o tucano usou a pasta como “cabide de emprego”, beneficiando uma filha e um sobrinho e que, por isso, a situação da saúde no município era tão ruim.

O deputado estadual buscou reduzir a crítica ao dizer que sua filha era capacitada para o emprego e acrescentou: “A situação da saúde na cidade não é culpa do PSDB. Talvez a saúde estivesse melhor se você tivesse pagado o seu IPTU”.

‘Seu Geraldo’

João Leite trouxe à tona a história de Geraldo que, segundo sua narrativa, foi vigilante da empresa de engenharia de Kalil, a Erkal, e não recebeu as verbas devidas a direitos trabalhistas por culpa do empresário. O ex-cartola foi condenado na Justiça por apropriação indébita das contribuições previdenciárias de seus funcionários.

“Seu Geraldo deve ter sido comprado. É esse o nível que um homem que se diz de Deus dá à campanha”, respondeu o candidato do PHS. João Leite é evangélico e ligado a lideranças religiosas da capital mineira. “Você é representante do Aécio Neves, não é do seu Geraldo”, acrescentou. O tucano é afilhado político do senador.

“O senhor ri do seu Geraldo e ri da religião, o senhor não pode governar Belo Horizonte”, disse João Leite. A essa altura do debate, ambos os candidatos gritavam nos microfones.

Beijo de Judas

Kalil afirmou que o deputado tucano, apesar de criticá-lo hoje, já havia pedido doações para suas campanhas no passado. Disse que era “beijado” no rosto por Leite, numa alusão ao beijo de Judas em Jesus Cristo.

João Leite respondeu que realmente “beijava” o empresário, mas que pensava que ele era outra pessoa. “Não dá mais para beijar você, Kalil”, disse o tucano.

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“Beijo, se não for de filho, ou é de traidor ou é de gangster”, disse Kalil.

Lista de Furnas

No momento mais nervoso do debate, Kalil acusou João Leite de ter recebido propina de 150 mil reais de Furnas e que seu nome estava na chamada “lista de Furnas”. Fora do microfone, o candidato tucano reagiu: “Vai à Justiça provar! O senhor está condenado! Condenado!”.

Divulgada em 2005, a lista apontava desvios de recursos da Furnas Centrais Elétricas que teriam beneficiado parlamentares e partidos, com um suposto caixa dois eleitoral.

João Leite pediu dinheiro de resposta e afirmou que a lista foi considerada falsa pela Polícia Federal.

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