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Marcha da Família reúne 1.000 pessoas em SP

Manifestantes empunham bandeiras azuis para protestar contra o comunismo; grupo distribuiu lacres de plástico para prender adversários

Por Felipe Frazão 22 mar 2014, 17h02

Atualizado às 18h18

A reedição da Marcha da Família reúne cerca de 1.000 pessoas no Centro de São Paulo neste sábado. Os manifestantes se concentraram na Praça da República e por volta das 16h30 seguiram para a Praça da Sé pela avenida São Luis. No trajeto, eles entoaram gritos de guerra como “Deus, pátria e família”. Cerca de cem jovens dos grupos Frente Integralista Brasileira e Resistência Nacionalista, vestidos com coturnos, calça jeans e suspensórios, distribuíram entre si lacres de plástico – sua finalidade seria a de prender adversários que encontrassem pelo caminho.

Duas pessoas foram detidas no momento em que a marcha chegou na Preça da Sé. Um casal provocou os manifestantes e foi agredido antes de se refugiar em uma farmácia. O rapaz foi detido e apresentava ferimentos no rosto. Outros dois homens vestidos de mulher satirizaram a marcha e também foram agredidos por integrantes de grupos nacionalistas no Largo São Francisco.

Antes, outra confusão foi registrada quando uma mulher que assistia à movimentação foi agredida após gritar “Coxinhas, reaças”. Ela levou empurrões e foi perseguida até se refugiar na estação República do metrô.

Um homem foi agredido e expulso por ter sido apontado como petista por manifestantes. Bandeiras do Brasil e da cor azul – uma contraposição ao vermelho-comunista, segundo os organizadores – são empunhadas.

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Policiais da Rocam e da Força Tática acompanham a passeata.

Um manifesto publicado em blog criado especialmente para o evento é assinado por 17 entidades que, segundo o organizador, o fotógrafo Bruno Toscano Franco, de 40 anos, são formadas por “brasileiros democráticos, legalistas e constitucionais que estão cansados de pagar impostos e vê-los gasto em metrô na Venezuela e para revitalizar a rede hoteleira em Cuba”.

“Nosso movimento é contra a corrupção”, diz Franco. Mas o fotógrafo também acredita que, 50 anos depois do golpe de 64, os militares deveriam ser chamados novamente a desempenhar um papel na arena política brasileira. “Defendemos a intervenção militar para que haja uma transição de governo”, diz ele. As eleições marcadas para este ano não bastam para Franco. “Não temos confiança nas urnas eletrônicas.”

Oposição – A Marcha Antigolpista Ditadura Nunca Mais, organizada por movimentos de esquerda para contrapor a Marcha da Família, reúne cerca de mil pessoas que saíram da Praça da Sé rumo à região da Luz neste sábado. O plano era caminhar até a antiga sede do Dops, mas o trajeto foi mudado para evitar confronto com os os integrantes da Marcha da Família, que também teve seu rumo alterado pelo mesmo motivo.

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