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Manifestantes estão há mais de 40 horas na Câmara de Santa Maria

Eles querem a renúncia do procurador jurídico da Casa, Robson Zinn, e dos vereadores que compões a CPI da Boate Kiss

Por Da Redação
27 jun 2013, 10h55

Já dura mais de 40 horas a ocupação da Câmara Municipal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que foi invadida por um grupo 150 pessoas na noite de terça-feira.

Os manifestantes exigem a renúncia do procurador jurídico da Casa, Robson Zinn, e dos vereadores Maria de Lourdes Castro (PMDB), Doutor Tavores Fernandes (DEM) e Sandra Rebelato (PP), que integram a CPI local que apura as causas e responsabilidades do incêndio da Boate Kiss, que deixou 242 mortos no início do ano.

Uma ordem de reintegração de posse foi expedida pela Justiça na terça-feira, mas para evitar confrontos, a direção da Casa decidiu deixar os manifestantes no local. Na manhã de quarta-feira, o prédio estava depredado, com a fachada e banheiros pichados e vasos quebrados. Todos os servidores foram dispensados por questões de segurança.

De acordo com o jornal gaúcho Zero Hora, o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, avisou que será feito um mutirão para a limpeza do local. “Vamos deixar tudo pronto para o presidente da Câmara vir falar conosco”, disse.

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Invasão – O gatilho da invasão do prédio foi a divulgação de uma gravação de quarenta minutos que registrou um diálogo interno entre os membros da CPI. Participaram da conversa a presidente da CPI, Maria de Lourdes, o vereador Tavores e dois assessores – um deles teria gravado o diálogo sem conhecimento dos outros participantes. Na gravação, a presidente e o vereador criticam a relatora da CPI, Sandra Rebelato, que é acusada de “mudança de postura” por convocar um advogado da associação de vítimas da boate. Um dos participantes do diálogo afirmou que, antes desse fato, havia uma orientação para a CPI “dar em nada”.

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O áudio foi entregue ao Ministério Público e à polícia na terça-feira. A AVTSM, que já vinha nos últimas semanas demonstrando insatisfação com os rumos da CPI, acusou os vereadores de tentar blindar o governo do prefeito Cezar Schirmer (PMDB) e não se esforçar para apontar responsabilidades pela tragédia.

Incêndio – A tragédia da boate Kiss ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. A perícia apontou que o fogo começou após um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na casa, utilizar um sinalizador durante o show.

A faísca atingiu a espuma de poliuretano que revestia o teto para o isolamento acústico do local, que entrou em combustão. Laudos anexados ao inquérito apontaram que 100% das mortes ocorridas na boate ou em hospitais ocorreram por asfixia por cianeto e monóxido de carbono, liberado pela queima da espuma.

Segundo a denúncia, foi o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira que acionou o sinalizador. Além das mortes, o gás tóxico e as chamas deixaram 622 feridos.

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