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Lula ataca a Lava Jato e defende lei contra abuso de autoridade

Pela primeira vez, petista pede publicamente aprovação do projeto do Senado que amplia a possibilidade de punir juízes, procuradores, promotores e delegados

Por Da Redação
24 mar 2017, 21h18

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar nesta sexta-feira a Operação Lava Jato e defendeu, pela primeira vez publicamente, a aprovação da lei de abuso de autoridade que está em discussão no Senado. O texto é visto como ameaça às investigações porque amplia a possibilidade de punição de juízes, promotores, procuradores e delegados que cometerem excessos.

“A gente não pode deixar de aprovar a lei de abuso de autoridade, porque ninguém está acima da Constituição”, afirmou Lula em seminário realizado em São Paulo para discutir o impacto da Lava Jato. Ele pediu que os parlamentares petistas “briguem” mais para aprovar a lei e impedir o abuso de agentes públicos.

Presente no evento, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator do projeto de lei. garantiu que ele será votado no Senado – e que “tem todas as condições” para ser aprovado. Filiado ao partido do presidente Michel Temer, mas atuante na oposição ao peemedebista, Requião era o único parlamentar não-petista presente ao evento. “Qual o problema? Ele [Lula] me convidou e convidou o PMDB”, brincou.

Em duras críticas à Lava Jato, Lula citou o juiz Sergio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e a Polícia Federal. “Eles deram um azar muito grande porque foram mexer com quem não deveriam ter mexido. Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal têm a lisura, a ética e a honestidade que eu tenho nestes 70 anos de vida”, afirmou.

E acusou a operação de tentar encontrar um crime para ele. “A Lava Jato não precisa de um crime, ela acha alguém para depois tentar colocar um crime em cima. E para isso eles fizeram a coisa mais sem-vergonha que aconteceu nesse país porque um juiz precisa da imprensa para execrar as pessoas, que estão sendo citadas, junto à opinião pública e depois facilitar o julgamento.”

Lula se referiu ao interrogatório a que vai comparecer em Curitiba no dia 3 de maio, quando será ouvido pela primeira vez pessoalmente por Moro, e disse que está esperando qual crime será imputado a ele. “Eu duvido que tenha um empresário solto ou preso que diga que um dia o Lula pediu 10 centavos para ele”, afirmou.

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O petista disse ainda que está sendo vítima de acusações de que ele está antecipando uma candidatura a presidente da República ao fazer atos públicos, como a viagem para a Paraíba, onde visitou a transposição do Rio São Francisco, e a manifestação contra a reforma da Previdência na Avenida Paulista. “Agora vão começar outro processo, dizer que estou vetado para ser candidato porque estou em um processo de antecipação de campanha”, disse.

(Com Estadão Conteúdo)

 

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