Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Relator da CPI da Petrobras recebeu propina, diz lobista

Deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) é acusado de ter recebido dinheiro sujo para evitar convocação do delator da Operação Lava-Jato Zwi Skornicki

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 out 2016, 15h19 - Publicado em 14 out 2016, 13h48

O deputado federal Luiz Sergio (PT-RJ) foi citado na delação premiada de Zwi Skornicki, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O lobista revelou que o parlamentar atuou para evitar a sua convocação para prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que vigorou na Câmara dos Deputados entre fevereiro e outubro de 2015.

De acordo com Skornicki, a empresa Keppel Fels, fornecedora da Petrobras, pagou uma parte da propina combinada com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. O dinheiro sujo, segundo o lobista, foi destinado ao deputado Luiz Sérgio, relator da CPI da Petrobras e principal responsável por isentar os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff do relatório final da comissão sobre o escândalo do petrolão.

“Embora o referido parlamentar não consta ainda no rol de investigados da Lava Jato, os fatos trazidos pelo colaborador impactam diretamente (pelo menos e por ora) a investigação em curso”, diz a Procuradoria-Geral da República em sua manifestação enviada ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos do petrolão no STF. Os investigadores deverão solicitar a instauração de um inquérito para apurar as suspeitas de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o deputado petista.

Luiz Sergio, se não tivesse foro privilegiado como deputado federal, poderia ter o mesmo desfecho do ex-senador Jorge Afonso Argello, preso em Curitiba. O ex-parlamentar do PTB foi condenado ontem pelo juiz Sergio Moro a 19 anos de prisão, acusado de ter praticado os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Argello atuou para evitar a convocação de empreiteiros enrolados no petrolão para prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras no Senado e na Câmara dos Deputados, em 2014.

Continua após a publicidade

Leia também:
Depoimentos confirmam que Petrobras atuou para fraudar CPI

A Lava-Jato está no encalço da atuação de parlamentares em CPIs instaladas no Congresso na última década. Os investigadores apuram se houve manobras para achacar delatores e cobrar propinas para evitar a aprovação de requerimentos de convocações. Além das comissões envolvendo a Petrobras, a CPI dos Correios também está na mira dos investigadores. Em sua delação premiada, o ex-senador Delcídio do Amaral revelou que houve um acordão para livrar Lula e seu filho, Fábio Luís, conhecido como Lulinha, do relatório final de indiciamento da CPI. Essa ação, segundo o ex-líder do governo no Senado, evitou o impeachment do ex-presidente.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.