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Laudo tardio feito em vítima de estupro coletivo não aponta violência

Exame de corpo delito foi feito dias depois do ocorrido; chefe da Polícia Civil disse, em entrevista à TV, que resultado da perícia realizada no vídeo do crime vai "contrariar senso comum"

Por Da Redação
30 Maio 2016, 10h55

O exame de corpo delito feito pela Polícia Civil na adolescente de 16 anos, que sofreu um estupro coletivo no Rio, não aponta indícios de violência sexual por ter sido realizado cinco dias depois do crime. A informação foi antecipada pelo Bom Dia Rio, da TV Globo, nesta segunda-feira. O conteúdo do laudo deve ser divulgado em coletiva de imprensa marcada para as 14 horas.

O crime teria ocorrido entre sexta (20) e sábado (21), quando a jovem acordou, nua, cercada por cerca de 30 homens armados com fuzis. A polícia só soube do caso na última quarta-feira. Os criminosos chegaram a postar vídeos na internet em que aparecem, em meio a zombarias, tocando nas partes íntimas da menina desacordada e dizendo que ela foi violentada por “mais de 30”.

Além do exame de corpo delito, a polícia fez uma análise do vídeo divulgado nas redes. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, veiculada neste domingo, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou que este laudo pode trazer informações que “contrariam o senso comum”. “Não há vestígios de sangue nenhum que se possa perceber pelas imagens que foram registradas. O laudo vai trazer algumas respostas que, de certa forma, vão contrariar o senso comum que vem sendo formado por pessoas que sequer assistiram ao vídeo”, disse ele.

Neste domingo, a delegada da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), Cristiana Onorato, assumiu o caso no lugar do delegado de Repressão a Crimes de Informática (DCAV), Alessandro Thiers. Em entrevista ao Fantástico, a vítima de estupro afirmou que “tentaram incriminá-la” na delegacia. Ela ainda relatou ter sido instada a responder se “tinha o costume de fazer isso” e “se gostava”. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a troca de delegacias visa “evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho”.

Neste domingo, a Polícia Civil deflagrou uma operação para prender suspeitos de terem participado e divulgado imagens do estupro coletivo, que aderiu ao Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. As buscas estão sendo realizadas A polícia faz buscas em endereços na Cidade de Deus, Recreio dos Bandeirantes, Favela do Rola, em Santa Cruz, na Taquara e no Morro da Barão, na Praça Seca.

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