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Justiça ordena ação de reintegração de posse na USP

Com decisão de juíza, Polícia Militar poderá ser acionada para desocupar à força o prédio da reitoria. Universidade, contudo, tentará solução pacífica

Por Bruno Abbud
3 nov 2011, 17h51

O Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu o pedido da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para a reintegração de posse do prédio invadido por alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) na última terça-feira, dia 1º. A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública, endossou a solicitação da reitoria e emitiu sua decisão às 18h40 desta quinta-feira.

A desocupação deve ser consumada no prazo de 24 horas, segundo a decisão. A Polícia Militar poderá ser acionada para desocupar à força o prédio da reitoria, onde manifestantes permanecem acampados. “Sem a desocupação, autorizo, como medida extrema, contando com o bom senso das partes e o empenho na melhoria das condições de vida no ‘câmpus’, o uso da força policial”, diz o texto. Contudo, integrantes da Comissão de Negociação da Reitoria tentarão evitar ao máximo o conflito entre alunos e PMs. Os negociadores comunicarão a determinação aos manifestantes e tentarão articular uma saída pacífica.

Histórico ─ O prédio da reitoria da faculdade foi invadido por estudantes inconformados com a derrota em uma assembleia realizada na noite desta terça-feira, dia 1º, que decidiu ─ por 559 a 458 votos ─ pela desocupação do edifício da administração da FFLCH. A ocupação da FFLCH ocorrera na madrugada da última sexta-feira, 28 de outubro, depois que três estudantes de geografia foram flagrados por policiais militares fumando maconha dentro do campus. Os invasores pedem o fim do convênio entre a PM e a USP – firmado em setembro deste ano, que passsou a permitir a atuação de policiais dentro da Cidade Universitária – e a extinção de processos internos contra funcionários e estudantes.

Maconha ─ Na terça-feira, dia 1º, antes da invasão do prédio da reitoria, cerca de mil estudantes organizaram uma assembleia regada a maconha e cerveja para dar sequência aos protestos que pedem a retirada dos policiais do perímetro do câmpus. Enquanto alunos esgoelavam frases como “Fora PM! Abaixo a repressão!” num microfone conectado a caixas de som, outros sentavam-se no chão, bebiam e fumavam. Às 19h30 daquele dia, num gramado bem perto do lugar reservado aos oradores, e também nos mezaninos do prédio, dezenas de alunos esfarelavam maconha nas mãos, enrolavam cigarros e tragavam à vontade. A polícia não apareceu no local.

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