Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Jucá quer acesso a todos os processos contra senadores no STF

Segundo ele, há inquéritos parados há anos; com a abertura, a Casa pode ‘melhor apurar os fatos e responsabilidades desses parlamentares’

Por Da redação
7 jun 2017, 10h05

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou nesta terça-feira, no Conselho de Ética, requerimento para que o colegiado tenha acesso a todos os processos contra senadores que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), além de cobrar celeridade na conclusão das investigações. A justificativa, segundo ele, é de que a Casa possa “melhor apurar os fatos e responsabilidades desses parlamentares.”

“Existe lá na Procuradoria-Geral da República inquéritos com mais de 15 anos sobre parlamentares que não andam. E ficam dizendo que é culpa do foro privilegiado ou é culpa do Conselho de Ética. Não é”, afirmou o senador.

A apresentação dos pedidos, que ocorre no mesmo dia da prisão do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pode gerar constrangimentos ao procurador-geral da República e ao Supremo em caso de processos que tramitam há muito tempo.

“Eu acho que qualquer um na democracia pode ser investigado. O mérito ou demérito não é ser investigado, é ser condenado. Agora, é preciso que as investigações esclareçam os fatos, e não conturbem ainda mais a vida política”, afirmou Jucá.

Requerimentos

Durante a reunião que elegeu João Alberto Sousa (PMDB-MA) para seu sexto mandato no Conselho de Ética, Jucá também cobrou que seja definido exatamente o que é atribuição do Supremo e o que é do Senado em caso de processos contra senadores. O pedido se dá após o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, determinar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de suas funções parlamentares. O senador mineiro é alvo de inquérito na Corte.

Os requerimentos ainda não foram aprovados e devem ser discutidos apenas na próxima reunião do conselho, ainda não marcada. Sousa negou que os pedidos sejam uma forma de confrontar a Procuradoria-Geral da República. “Nunca houve isso. Nesse período que presidi o conselho, eu nunca quis, em absoluto, medir forças com outros órgãos.”

Além de Jucá, outros três senadores que irão compor o conselho são alvo da Lava Jato: Eduardo Braga (PMDB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Gladson Camelli (PP-AC). Jucá, porém, é o único titular. Ivo Cassol (PP-RO), também investigado na operação, pediu para deixar o colegiado. Ainda há duas vagas abertas no conselho, formado por 15 senadores. As vagas abertas são de PMDB e PP – justamente na vaga de Cassol. Questionado se a participação de senadores investigados no conselho não poderia ter alguma influência nas decisões do órgão, Sousa negou. “Não vejo complicação. As denúncias serão analisadas”, disse. “É uma questão ética de que, se tiverem investigados, não participarem de reuniões ou votações que haverão de acontecer.”

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.