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Inquérito apura desvio de verba em prédio do Denarc em SP

Por Da Redação
27 set 2010, 10h05

O dinheiro, que teria saído diretamente da tesouraria da DGP, pagou parte das obras feitas no Denarc sem licitação ou qualquer documento que as comprovassem

A origem do dinheiro usado para pagar parte da reforma do prédio do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) é a verba de operações policiais sigilosas. Essa é a principal hipótese investigada pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo para justificar o pagamento de 40.000 reais em dinheiro vivo supostamente feito pela tesouraria da Delegacia Geral de Polícia (DGP) sem recibo ou qualquer outro comprovante.

Dono da empresa responsável pela reforma, Wandir Francisco Falsetti contou ter recebido o dinheiro na tesouraria da DGP. Quem o teria levado até lá para receber o que a polícia lhe devia pela obra no prédio do Denarc, no Bom Retiro, no centro, teria sido o ex-diretor do Denarc, delegado de classe especial Everardo Tanganelli Júnior.

O chefe da tesouraria – oficialmente chamada de Assistência Policial para Assuntos Financeiros e Orçamentários (Apafo) -, o delegado Marcus Vinicius Vieira, negou ao depor na Corregedoria que tenha entregue o dinheiro. Admitiu, no entanto, que recebeu o empresário em seu apartamento, na zona leste, quando estava de férias. Politicamente, sua situação é delicada. Seus chefes acham que tudo está sendo investigado, mas querem saber por que ele aceitou encontrar-se em casa com o empresário.

O dinheiro, que teria saído diretamente da tesouraria da DGP, pagou parte das obras feitas no Denarc sem licitação ou qualquer documento que as comprovassem – a reforma foi feita em fevereiro de 2009. Ao todo, segundo o empresário, a obra ficou em 200.000 reais. Tanganelli, diretor do Denarc à época, contou que alertou seu superior, o então delegado-geral Maurício Lemos Freire. Ele afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o fez diante de todo o Conselho da Polícia Civil. “Todos testemunharam isso”, disse Tanganelli.

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O empresário afirmou ter recebido de policiais de delegacias do Denarc três parcelas de 10.000 reais e uma de 3.000 reais. Disse ainda que a chefia dos investigadores do departamento lhe deu uma Montana 2007, avaliada em 28.000 reais, e a direção do Denarc lhe entregou 20.000 reais até abril de 2009, quando a cúpula da Polícia Civil mudou. Freire deixou a DGP e Tanganelli, o Denarc.

Falsetti procurou o novo diretor do Denarc, delegado Eduardo Hallage. Ouviu que enquanto Hallage fosse diretor do Denarc Falsetti não receberia “um tostão”. O empresário procurou Tanganelli. Queria receber o que faltava – cerca de 120.000 reais. Foi quando entrou na história o tesoureiro da DGP. Falsetti disse que o tesoureiro, alegando ter autorização dos superiores para fazer os pagamentos, deu-lhe mais 40.000 reais até setembro de 2009.

(Com Agência Estado)

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